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terça-feira, 16 de julho de 2013

[NENHUM BÚZIO CANTOU A TUA IMAGEM...], poema de Eugénio de Andrade






















Nenhum búzio cantou a tua imagem.
Nenhum pomar se abriu à passagem
da morte tranquila nos teus braços.
Só uma criança acordou,
mordeu o silêncio e chorou
o abandono diurno dos teus passos.

In «Coração habitado» (poesia), de Eugénio de Andrade (com um desenho de José Rodrigues), colecção «Pequeno Formato» (n.º 4), Edições ASA, Porto, Abril de 2002 (3.ª edição, aumentada).

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