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segunda-feira, 3 de junho de 2013

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – Adaptação é a próxima tendência

Imagem retirada de http://edsonclaudia.blogspot.pt
Até agora, foi dada muito pouca atenção aos aspectos físicos das alterações climáticas. No entanto, se acreditar nos cientistas, esta é uma preocupação e uma oportunidade que ultrapassa as forças reguladoras do mercado. Invernos mais amenos e verões mais quentes irão conduzir a um decréscimo líquido da procura por combustíveis fósseis nos EUA, mas a um aumento da procura por fontes de energia “limpas” como gás natural, eólica, biocombustíveis, gás de aterro e solar? Irão as condições de seca tornar a água escassa em muitas áreas, conduzindo a preços mais elevados para algumas colheitas flageladas pela seca e criando desafios aos fornecedores de água? Irão as condições meteorológicas em alteração mudar as estratégias de crescimento de grandes empresas agrícolas aproveitando as novas condições e variedades de plantas? Irá um aumento na frequência de furacões intensos levar a maiores riscos para as infra-estruturas físicas construídas ao longo das regiões costeiras? Estas são questões importantes que se estão a deslocar da área das ciências para a área dos negócios.

In «Alterações Climáticas – Qual é a sua estratégia?», de Andrew J. Hoffman e John G. Woody (tradução de Marta Pereira da Silva e revisão de Vera César), colecção «Conceitos Actuais» (n.º 9), Actual Editora (Conjuntura Actual Editora, S.A.), Lisboa, Janeiro de 2010.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – Quanto será controlado?

Imagem retirada de http://www.adcraviadal.pt/
O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (PIAC) determinou que precisamos de manter entre 450 e 550 partes por milhão (ppm) de CO2e (equivalente de dióxido de carbono - uma medida utilizada para comparar emissões de vários gases com efeito de estufa) na atmosfera para “evitar uma interferência antropogénica perigosa no nosso sistema climático”. Temos actualmente uma concentração atmosférica de 430 ppm e estamos a libertar sete mil milhões de toneladas de CO2 por ano através da queima de combustíveis fósseis. Isto significa que estamos a aumentar a concentração global em seis ppm por ano simplesmente pela utilização de combustíveis fósseis, não incluindo os outros, mais potentes, GEE. O consenso científico é que o clima se irá alterar acentuadamente se atingirmos o dobro das concentrações anteriores à Revolução Industrial, alcançando 560 ppm; e estima-se que o nosso nível actual de emissões duplique dentro dos próximos 50 anos. No global, para haver uma estabilização na amplitude desejada será necessário que as emissões anuais se reduzam mais de 80 por cento abaixo dos níveis actuais. Esta é uma descoberta importante, pois a meta desejada determina a severidade dos sistemas de controlo considerados necessários para a atingirmos.

In «Alterações Climáticas – Qual é a sua estratégia?», de Andrew J. Hoffman e John G. Woody (tradução de Marta Pereira da Silva e revisão de Vera César), colecção «Conceitos Actuais» (n.º 9), Actual Editora (Conjuntura Actual Editora, S.A.), Lisboa, Janeiro de 2010.