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quinta-feira, 18 de julho de 2013

BREVE SONATA EM SOL [UM] (MENOR, CLARO) / RUY BELO, poema de Eugénio de Andrade

Fotografia retirada de http://www.mun-aljustrel.pt












A solidão da árvore sozinha
no campo do verão alentejano
é só mais solitária do que a minha
e teima ali na terra todo o ano
quando nem chuva ou vento já lhe fazem companhia
e o calor é tão triste como é somente a alegria
Eu passo e passo muito mais que o próprio dia

In «Alentejo não tem sombra», de Eugénio de Andrade (antologia da Poesia Moderna sobre o Alentejo, com um desenho de Armando Alves), colecção «Pequeno Formato» (n.º 3), Edições ASA, Porto, Outubro de 2001 (4.ª edição).

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