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Imagem
retirada de http://www.arqal.com
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Paredes brancas pátios interiores
as
mesas largas as cadeiras quase toscas
despojamento
de convento e de deserto
a
planície prolonga-se na casa
com
seu rigor e sua estética
do
necessário
do
liso
do
elementar.
Aristocracia
do pobre
com
sua manta e com seu cobre.
Há
um cheiro a pão recém-cortado.
A
casa alentejana está escrita na planície
como
o poema no branco descampado.
In «Alentejo não tem
sombra», de Eugénio de Andrade (antologia da Poesia Moderna sobre o Alentejo,
com um desenho de Armando Alves), colecção «Pequeno Formato» (n.º 3), Edições ASA, Porto, Outubro de 2001 (4.ª edição).
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