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domingo, 17 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS e melhores LEITURAS!




Nesta quadra natalícia, a editora Mar da Palavra deseja os sinceros votos de paz, de solidariedade e de entreajuda nas pequenas coisas da vida a todos os seus autores (escritores e ilustradores), paginadores e profissionais das artes gráficas, bem como aos livreiros e, sobretudo, aos LEITORES – sem eles não se justifica o nosso trabalho nem a contínua vontade de redescobrirmos a escrita e as suas possibilidades criativas e humanistas. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

«Emoções lusófonas», de Joaquim Manuel Pinto Serra e Maria Faria de Brito



NOVIDADE EDITORIAL

Cabo Verde, Brasil e Portugal, para além da Língua em comum, têm um contraste de emoções entrelaçando-se numa amálgama de afectos, pressentidos nas suas individualidades históricas, linguísticas e sociais. Exibem o que de melhor existe nas suas diversidades: a entrega poética à vida, o apego a vivências solucionadas em cada olhar, em cada sorriso, em cada palavra nascida de um simples regresso, ou mesmo de uma qualquer despedida.
O sabor dessa afectividade traz-nos a musicalidade de uma morna, de um samba ou de um fado, mas a sua origem é a mesma: o amor eternizado de quem sonha, de quem se entrega ou de quem, simplesmente, respira em liberdade.
Um ritual de experiências (mais interiorizadas ou mais à flor da pele, conforme a personalidade de cada um, modeladas pela cultura, pela insularidade ou pelas condições ambientais do seu desenvolvimento psicológico – patrimónios indeléveis que nos enriquecem) oferece-nos, num longo e fraterno abraço, este aceno constante com que nos deleitamos.
Esta obra, determinada por dois modos diferentes de descrever essa genuína e transversal musicalidade com que existimos e nos doamos, como raízes de um mesmo tronco, mostra-nos que somos mais próximos do que distantes, mais irmãos do que longínquos familiares, mais solidários do que antagonistas numa lusofonia feita de contradições e de reencontros, mas, sobretudo, desta imensa alegria de viver.
A essa lusofonia de sentimentos e a todos os que a ela se dão com as almas despidas de quaisquer contrariedades difíceis de compreender ou de aceitar, oferecemos esta narrativa, feita de descobertas e frustrações, ilusões e sensibilidades. E que, mau grado quaisquer acordos ou desacordos ortográficos existentes, é sempre um elo de ligação de todos os nossos anseios e desilusões, e de todas as nossas virtudes e desvirtudes.
Este livro é um compromisso e uma contribuição que nós, autores, ofertamos a quem acredita na nossa grande riqueza: a lusofonia emocional que nos rodeia, consubstanciada numa língua comum e numa convivência criativa, feita de imaginação, emancipação e liberdade.
                                                                                                        Joaquim Manuel Pinto Serra


Após a apresentação desta narrativa, quero, da minha parte, reiterar o nosso propósito de homenagear a Lusofonia, esta cumplicidade que nos irmana através da língua comum pela qual nos entendemos, embora com as diversidades provocadas, a princípio, pela distância e pelas novas influências, a resvalar depois para novas ramificações.
Foi ainda no âmbito da Lusofonia que achei bem associar a língua ao território, observando a vida do nosso povo, com as suas tradições, os seus preconceitos e os seus heróis, desde os tempos mais remotos. Assim, reportei à década em que nascemos, com a manifestação do Capitão Ambrósio, tema já conhecido e tratado por muitos cabo-verdianos.
Tratando-se de uma narrativa histórica, baseámo-nos em factos reais, para os quais tivemos o cuidado de verificar o respectivo tempo e a autenticidade, consultando fontes fidedignas. Pesquisas na «Internet» levaram-me ao magazine «Esquina do tempo», de Manuel Brito Semedo, às publicações de Luís Silva e a uma entrevista de Lilica Boal, todos publicados no «Facebook». Os meus agradecimentos aos respectivos autores e divulgadores.
À volta dos factos, girou a nossa fantasia. Uma família serviu-nos de modelo com as qualidades reconhecidas no seu protagonista, que admiramos pelo carácter, formação e intervenção, no desejo de libertar a sua terra dos abusos do colonialismo. Seguimos a obra dos seus descendentes, fazendo-os agir pela forma real, sempre digna, que conheci; ou imaginária, representando personagens que queríamos expor como modelos de determinadas situações.
Agradecemos aos que sobreviveram até aos nossos tempos, pela confiança que depositaram em nós, compreendendo a nossa trama e fornecendo algumas informações.
O terceiro capítulo, a meu cargo, apresenta-se como um misto de roteiro turístico, nas viagens pelas ilhas, a par dos apontamentos linguísticos sobre curiosidades da expressão crioula, além de um envolvimento amoroso que lhe deu o nome: «Fruto Proibido».
Quanto ao aspecto linguístico, não tive a pretensão de apresentar um trabalho científico. São apenas o resultado da minha experiência e da minha curiosidade no que diz respeito a certas origens, satisfeita pela consulta a obras dos filólogos Baltasar Lopes da Silva e Dulce Almada.
Após o quarto capítulo, apresentámos dois epílogos, nessa narrativa em que também fomos personagens participantes, interagindo com outras de ficção ou reais em situações fictícias.
Esperando ter agradado, deixo a todos um abraço fraterno.
Bem hajam!
                                                                                                                                                                         Maria Faria de Brito
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OS AUTORES

Joaquim Manuel Pinto Serra – Nasceu em Portugal (Loulé) e reside em Lisboa, depois de ter vivido em Coimbra durante cerca de sessenta anos. Médico psiquiatra, foi assistente hospitalar no Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid e chefe de serviço no Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes, de que foi director (de 1984 a 1996).
Actualmente, está aposentado da carreira hospitalar e continua a exercer a sua especialidade, como profissional liberal.
É professor em várias academias de seniores, na cidade de Lisboa, leccionando a disciplina «A Arte de Envelhecer».
Tem publicados, até ao presente, dezassete livros: nove de poesia, quatro colectâneas de contos, dois romances, um de crónicas e um de ficção juvenil, este em co-autoria com Maria Armanda Tavares Belo.


Maria Faria de Brito – De seu nome completo Maria do Espírito Santo Pinheiro de Faria de Brito, nasceu em Cabo Verde (ilha Brava) e reside na ilha de São Vicente (Mindelo) onde fez os estudos primários e secundários. Frequentou o Liceu Gil Eanes, no qual mais tarde exerceu a sua actividade profissional, como professora de Francês. Foi depois contratada para a Escola Preparatória Jorge Barbosa.
Após a independência do país, no âmbito da actualização do ensino, foi destacada para frequentar o IPFE (Institut pour les Professeurs de Français à l´Étranger), na Universidade da Sorbonne em Paris, onde obteve o DSML (Diplôme Supérieur de la Méthodologie de la Langue).Tem publicadas duas obras: uma de poesia – «Ao Sol do Entardecer da Idade» – e outra de poesia e prosa – «ponte@palavra.cv.br» –, esta em co-autoria com Maria Helena Sato e Lavínia St. Aubyn.
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FICHA TÉCNICA
Livro: Emoções lusófonas
Autores: Joaquim Manuel Pinto Serra e Maria Faria de Brito
Fotografia da capa e da contracapa: José António Pereira
Coordenação editorial e revisão: Vitalino José Santos
Editora: Mar da Palavra - Edições, L.da
PVP: 16,96 €
N.º de páginas: 160
Formato: 14,5 x 21,0 cm
ISBN: 972-8910-78-5 (EAN: 978-972-8910-78-5)
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