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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

AO SABOR DAS PEQUENAS COISAS, romance de Joaquim Manuel Pinto Serra

PRÉMIO LITERÁRIO FIALHO DE ALMEIDA 2012, pela Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM)


Os ponteiros dos relógios imprimiam à reunião, nesses enfadonhos instantes, um ritmo muito mais lento, tão lento como os bocejos que, por vezes, aconteciam. No próximo ano, se fossem vivos, lá estariam, de novo, para uma hora de recordações e outra de muita saudade. E cinco minutos, no fim, para se encorajarem uns aos outros, sobretudo aos que a vida tinha oferecido um qualquer infortúnio. Depois, muitos sorrisos generosamente cedidos com acalorados abraços e votos de felicidades. Para o ano, tudo continuaria na mesma... E isso era um sinal inequívoco de que muitos marcariam, mais uma vez, as suas presenças para lembrar as aulas em que todos eram felizes. E as miúdas que engatavam, os castigos que sofriam, as malandrices inventadas em noites que se prolongavam pelas madrugadas distantes, quando a poesia sonhava e tudo ainda sorria. Até um regresso a casa pelas mãos da bebedeira. E muita, muita alegria...
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O AUTOR:
Médico psiquiatra e escritor, Joaquim Manuel Pinto Serra movimenta-se entre Coimbra (sua terra adoptiva), Lisboa (onde permanece regularmente durante os dias necessários à sua ânsia de cultura, em tertúlias de arte e de convívio) e Loulé (sua terra natal).
Este seu romance (o segundo), depois dos onze livros já publicados, desvia-se da linha tradicional e literariamente comedida a que se entregara nas anteriores obras de ficção, embora, nos seus contos, já se descobrisse a ironia que lhes está subjacente e, nos últimos, a irreverência no modo de confrontar os leitores com a realidade menos puritana da sociedade.
Nesta sua nova experiência literária, expressa-se livre de preconceitos hipócritas, ao observar o outro lado da vida e ao retratá-la bem longe, certamente, da sensibilidade e da musicalidade da sua poesia. Nunca esquecendo que ambas as realidades se complementam no desejo natural e emocionante que é a arte de viver.
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BIBLIOGRAFIA:
É autor das publicações “As mãos e o silêncio” (Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres – 1998), “Mágoas de solidão e desassossego” (1.ª Menção Honrosa do Prémio António Patrício da SOPEAM – 1998), “Cinco canções de amor para violino e orquestra” (Prémio António Patrício da SOPEAM – 2000), “De passagem para o outro lado da ternura” (Menção Honrosa do Concurso Arte na Medicina da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos – 2003) e “Pelas margens da serenidade” (Prémio António Patrício da SOPEAM – 2004), já com chancela da Mar da Palavra, em Novembro de 2005. É autor das colectâneas “Estas aparências que nos doem” (1.ª Menção Honrosa do Concurso Nacional de Conto Manuel da Fonseca – 2004), “Os novíssimos afectos” (Menção Honrosa do Prémio Literário Paul Harris – 2005), também editadas pela Mar da Palavra (Dezembro de 2004 e Maio de 2006). A obra “O outro mundo em nós”, publicada em Fevereiro de 2007, completa a trilogia ficcional na modalidade de conto, dez meses após a publicação do romance “As palavras sensuais da nossa ausência”. Em Junho de 2008, experimenta a literatura juvenil, em co-autoria com Maria Armanda Tavares Belo, com o livro “Uma professora ao canto do olho”. Com “Marginalidades e alguns poemas de amor”, a sua décima primeira obra publicada (em Abril de 2009), J. M. Pinto Serra regressou às origens da sua escrita e da marca poética, assumindo um tom coloquial, ao jeito de quem conversa com os leitores. Está representado na obra “Louvor a Cascais – Antologia em prosa e poética do passado ao presente” (2003).
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Ilustração da capa:
Pormenor do cartaz Salon des Cents, de Alfons Mucha (1896).
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NOTA DA EDITORA:
A linguagem, por vezes, crua e áspera e algumas situações aparentemente excêntricas, neste romance de Joaquim Manuel Pinto Serra, convidam à chamada de atenção na cinta do livro: LEITURA EVENTUALMENTE CHOCANTE…
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Registo de notícias e outras referências:
http://issuu.com/campeaodasprovincias/docs/jornal553_23_12_2010
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:f0Qxq_WFLucJ:www.sequimcitywalk.com/article-ao-sabor-das-pequenas-coisas-romance-de-joaquim-manuel-pinto-serra.html+%22ao+sabor+das+pequenas+coisas%22&cd=6&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt
http://ospoetasdaapp.blogs.sapo.pt/286111.html
http://cultura.centralblogs.com.br/post.php?href=convite+do+associado+joaquim+manuel+pinto+serra&KEYWORD=27074&POST=3871458&
http://onlinebackupv.posterous.com/convite-do-associado-joaquim-manuel-pinto-ser
http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=115624
http://www.planetalgarve.net/index.php?option=com_content&view=article&id=220%3Aloule--apresentacao-do-livro-ao-sabor-das-pequenas-coisas-de-joaquim-manuel-pinto-serra&catid=22%3Anoticias&Itemid=66&lang=pt
http://mlking.cmhttp://estrolabio.blogs.sapo.pt/tag/loul%C3%A9-loule.pt/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=5317
http://nlusofonia.blogspot.com/2011/02/apresentacao-do-romance-ao-sabor-das.html
http://www.wook.pt/ficha/ao-sabor-das-pequenas-coisas/a/id/10300666
www.bibliofeira.com/livro/764697442
http://www.sequimcitywalk.com/article-ao-sabor-das-pequenas-coisas-romance-de-joaquim-manuel-pinto-serra.html
http://www.destakes.com/redir/8b8b4f8b5bccc27bde6f5e0498ff886c
http://www.carteia.pt/pagina/edicao/15/54/noticia/1367
http://pesquisabmc.cm-coimbra.pt/docbweb2/plinkres.asp?Base=ISBD&Form=COMP&StartRec=0&RecPag=5&NewSearch=1&SearchTxt=%22TI%20Ao%20sabor%20das%20pequenas%20coisas%20:%20romance%22
http://webcache.googleusercontent.com/search?hl=pt-PT&q=cache:MOIbCJhA1REJ:http://m.sapo.pt/search/?t=news&q=De+la+guerre+%22Ao+sabor+das+pequenas+coisas%22&ct=clnk
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=45133
http://estrolabio.blogs.sapo.pt/1476991.html
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:_DVxPDU94NoJ:triplov.com/triplo2/2011/05/26/convite-do-socio-joaquim-manuel-pinto-serra-2/+%22Ao+sabor+das+pequenas+coisas%22&cd=19&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt&source=www.google.pt
http://onlinebackupv.posterous.com/convite-do-socio-joaquim-manuel-pinto-serra
http://letraseconteudos.blogspot.pt/2012/05/medico-e-escritor-de-lamego-andre_24.html
http://estrolabio.blogs.sapo.pt/tag/loul%C3%A9

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

EÇA DE QUEIRÓS, de Fialho de Almeida (Selecção e Introdução de António Apolinário Lourenço)

É evidente que não poderemos atribuir em exclusivo a evolução do juízo crítico de Fialho de Almeida sobre Eça à inveja ou à castidade, uma vez que essa mudança está também directamente relacionada com o percurso de Fialho como crítico e ficcionista. À profunda identificação ideológica do escritor com o Naturalismo, ficcionalmente traduzida principalmente na sua novela intitulada “A Ruiva”, segue-se um manifesto afastamento, que dará lugar às manifestações de franca hostilidade patenteadas em vários textos de “Os Gatos”.

António Apolinário Lourenço
(da Introdução)
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Reúnem-se neste volume os artigos que Fialho de Almeida dedicou a Eça de Queirós, desde a breve recensão de O Primo Basílio, publicada em 1878 no Museu Ilustrado, até ao famigerado texto publicado na Revista Quinzenal Ilustrada, em 16 de Setembro de 1900, um mês apenas após a morte do romancista. Apesar da inesperada crueza do artigo final, a leitura de todos os textos permite detectar uma linha evolutiva na opinião crítica de Fialho sobre Eça, que ajuda a entender que o juízo de Fialho não é completamente arbitrário.
Dois dos textos reunidos no volume, as recensões de O Primo Basílio e de O Crime do Padre Amaro, não tinham sido nunca recolhidos num livro. Completam o volume, a Introdução de António Apolinário Lourenço e a carta de Eça de Queirós a Fialho de Almeida, em resposta à crítica que o autor de O País das Uvas havia publicado sobre Os Maias.
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SELECÇÃO E INTRODUÇÃO:
António Apolinário Lourenço é professor de Literatura Espanhola na Universidade de Coimbra, coordenador da área de Estudos Espanhóis da mesma Universidade, e também coordenador do grupo de investigação “Literatura sem Fronteiras” do Centro de Literatura Portuguesa (CLP). Entre os livros que publicou, destacam-se "Identidade e alteridade em Fernando Pessoa e Antonio Machado" (1995, traduzido para espanhol em 1997), "Eça de Queirós e o Naturalismo na Península Ibérica" (2005, com a chancela da editora Mar da Palavra) e "Fernando Pessoa" (2009). Coordena a colecção “Biblioteca Lusitana” da editora Angelus Novus, na qual editou uma publicação anotada e comentada da "Mensagem", de Fernando Pessoa (2008).
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Co-edição com o Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
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REGISTO DE NOTÍCIA:
http://campeaoprovincias.com/pt/index.php?option=com_content&view=article&id=8716:lancado-livro-de-antonio-apolinario-lourenco&catid=32:outras-iniciativas&Itemid=160

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"DESAFIOS EM TEMPOS DE CRISE - Relatório de Primavera 2010", do Observatório Português dos Sistemas de Saúde

“Para além das repercussões ao nível da, já visível, degradação das condições socioeconómicas de uma grande parte da população, que tende a acentuar-se, a crise económico-financeira mundial e o escasso crescimento das economias de muitos países fazem prever que, num futuro muito próximo, os governos se vejam obrigados a introduzir mecanismos adicionais de contenção, particularmente ao nível da despesa pública, com eventuais implicações na alocação de recursos para o sector da saúde.» (OPSS, 2010)
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O OPSS é uma parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública, o Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra e a Universidade de Évora.
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O OPSS olha o cidadão no sistema, faz análise da governação da saúde e perspectiva algumas tendências para o futuro, enquanto, face à crise económica e social, no espaço global onde nos inserimos, se nos colocam profundos desafios, mas onde é imediato transformar ameaças em oportunidades, se a decisão for fazer.
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1. Desde 2000, que o OPSS acompanha, analisa e relata em cada ano o desenvolvimento do sistema de saúde português e a evolução da qualidade da governação da saúde. Na descrição que faz sobre a qualidade da governação de saúde, o OPSS não toma posição sobre as agendas políticas de cada ciclo de governação.
2. Esta observação centra-se na análise dos princípios de boa governação em saúde e na implementação das agendas políticas, referendadas. Os princípios observados são resumidamente os seguintes:
• transparência informativa na implementação, monitorização e avaliação das políticas desenvolvidas;
• rigor na explicitação dos resultados esperados pelas politicas adoptadas e fundamentação na evidência disponível destas expectativas;
• adequação na utilização dos instrumentos normativos, face às questões organizacionais, de gestão, de inovação e de motivação no sistema de saúde;
• democratização dos processos de governação e de gestão da saúde, sobretudo na explicitação dos critérios de mobilização e de distribuição dos recursos, da descentralização das decisões para mais próximo dos problemas e das pessoas, com o simultâneo grau de responsabilização; e
• envolvimento dos diferentes actores sociais na realização e impacto dessas políticas na sua implementação. Isto é, passar da governação para o conceito de "governança".
3. A análise da governação da saúde tem sido realizada pelo OPSS da seguinte forma:
• predefinição dos temas de governação de saúde que faz sentido avaliar face à situação da saúde do País e às agendas políticas prevalentes;
• recolha de toda a informação e conhecimento disponíveis, dentro e fora do trabalho realizado pelos colaboradores do OPSS, que pareça relevante para os temas seleccionados;
• envolvimento de investigadores que estejam a desenvolver áreas do conhecimento que importa incluir no processo de análise; e
• exercício interpretativo por consenso entre os colaboradores do OPSS, seleccionados pelas suas competências académicas em políticas de saúde, pela sua multidisciplinaridade e disponibilidade para declarar conflitos de interesses em relação aos temas que são chamados a analisar.
4. O OPSS, além do olhar sobre o sistema prestador e sobre a tipologia de respostas que se apresentam, tem imperiosa necessidade de centrar a sua atenção sobre o cidadão no sistema. Importa sair de uma lógica de análise da oferta para uma lógica de análise da procura. Estes exercícios não são frequentes entre nós, nem tão-pouco o sistema se organiza nessa perspectiva. Daí a preocupação na auscultação do cidadão, quer seja na vertente das percepções quer das expectativas, quer ainda na análise da sua participação no sistema.
5. Para além da observação que resulta do facto de todos os governos convidados a assistir e a participar na apresentação do Relatório de Primavera do OPSS terem aceitado fazê-lo, através do ministro da Saúde ou, muito excepcionalmente, através dos secretários de Estado, importa realçar, desde já, como resultado dessa participação, duas áreas onde a persistência da análise e o rigor das criticas permitiram a inversão dos processos – tempos de espera cirúrgicos e utilização de antibióticos, para lá do acompanhamento directo da evolução das alterações efectuadas nos cuidados de saúde primários. No entanto, estes resultados levam-nos a uma maior exigência na análise, a um maior rigor na recolha da evidência disponível; mas, sobretudo, a imperiosa necessidade de acesso a informação primária, a fim de que possamos manter, desenvolver e consolidar análise precisa e independente.
6. Face à apreciação crescentemente mais positiva por parte dos agentes políticos e sociais do papel do OPSS, ao entendimento dos investigadores sobre o papel de responsabilidade social que o mesmo foi gradualmente adquirindo na sociedade portuguesa e porque a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu associar-se a este projecto, foi possível manter esta análise anual e começar a estruturar os desenvolvimentos metodológicos e comunicacionais, considerados necessários para uma evolução satisfatória dos exercícios de observação e comunicação sobre a governação da saúde em Portugal.

Os coordenadores do OPSS,
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Contribuíram para a realização deste Relatório:

COORDENAÇÃO:
Ana Escoval
Constantino Sakellarides
Manuel Lopes
Pedro Lopes Ferreira
EQUIPA TÉCNICA:
Filipe Rocha
Joana Frade
João Pedro Jesus
INVESTIGADORES COLABORADORES:
Ana Cristina Mesquita
Ana Rita Pedro
Ana Tito Lívio
António Leuschner
Cipriano Justo
Diana Martins
Elaine Pina
Fátima Bragança
Inês Teixeira
João Marques Figueira
Luís Saboga Nunes
Manuel Schiappa
Marta Lopes Martins
Mauro Serapioni
Patrícia Antunes
Patrícia Barbosa
Paulo Espiga
Paulo Freitas
Paulo K. Moreira
Paulo Sousa
Pedro Beja Afonso
Rute Simões Ribeiro
Suzete Cardoso
Tânia Matos
Teodoro Briz
Teresa Maia
Vanessa Nicolau
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CAPA:
Imagem concebida por João Figueira, com base na obra de Joseph Turner intitulada "The Shipwreack" (1805)
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Registo de notícias e outras referências:
http://www.bertrand.pt/home/index/8066x5839x6022x6026/temas?restrictsinc=1912&facetcodeinc=edi_id
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Filme de apresentação do Relatório de Primavera 2010:
http://www.youtube.com/watch?v=53O8SKAauVQ

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

50 ANOS DO CAPC - Uma faceta das Artes Plásticas em Coimbra

Após pesquisa aturada, observou-se a ausência de estudos mais aprofundados, académicos ou outros, que nos contem o percurso do Círculo de Artes Plásticas e a sua ligação com a cidade de Coimbra. Existem, no entanto, alguns estudos parcelares sobre o Círculo, que abordam períodos específicos da sua história, sendo uma referência importante mas sem uma abordagem abrangente. Daí a ideia e a pertinência da realização de um estudo persistente e sistematizado, balizado cronologicamente, que permitisse uma reflexão sobre a vida e a evolução desta instituição cultural, a qual teve como princípio norteador o ensino, a criação e a divulgação das Artes Visuais.
Intimamente, a história do Círculo associa se à da Associação Académica e, portanto, não podemos olvidar a contextualização política, social e cultural, e todas as transformações do País, durante estes 50 anos.
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AUTORA:
Hilda Moreira de Frias é licenciada em História (variante de História da Arte), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Arte, Património e Restauro – Gestão Patrimonial, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Prepara a dissertação de doutoramento em História da Arte da Época Moderna/Contemporânea, na Universidade de Salamanca.
Foi bolseira da Fundação Oriente para realizar investigação sobre Arte de Entalhe na Antiga Índia Portuguesa, entre os anos de 1995 e 1997.
Foi técnica de apoio científico no Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém, entre 1996 e 2000, e monitoria no Serviço Educativo do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, de 1997 a 2000.
É membro da equipa de monitores do Sector de Educação do Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian, desde 1997.
Docente do ensino superior desde 2000, é coordenadora da Área de Expressões Artísticas e professora dos cursos de História da Arte em Portugal e de História da Moda do CCL-ISCTE.
Tem leccionado diversos cursos nas áreas de História da Joalharia, História da Arte e da Dança e História da Arte em Portugal.
Colabora com várias instituições no âmbito dos sectores de Educação, nomeadamente com o Museu Gulbenkian, o Museu Nacional de Arte Antiga e a Casa das Histórias – Paula Rego.
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CAPA: Imagem concebida por Cláudio Lira (designer gráfico)
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Sessão de apresentação do livro, nas instalações do CAPC em Coimbra, no dia 28.09.2010 (na fotografia são identificados a autora, Hilda Frias, Emílio Rui Vilar , M.ª José Azevedo Santos, António Olaio e Carlos Antunes):
http://www.facebook.com/home.php?sk=group_161971487166742&id=188531604510730#!/photo.php?fbid=1613449146066&set=t.1531435713

Registo de notícias:
http://www.asbeiras.pt/2010/09/livro-conta-50-anos-do-capc/
http://www.asbeiras.pt/2010/10/ainda-a-vanguarda-segundo-o-capc/
http://pt-pt.facebook.com/permalink.php?story_fbid=117613371628294&id=152342771466251
http://www.culturacentro.pt/noticia.asp?id=315
http://www.artecapital.net/recomendacoes_ev.php?ref=127
http://www.artecapital.net/recomendacoes_ev.php?ref=125
http://ml.ci.uc.pt/mhonarchive/museum/msg04723.html
http://www.joaquimevonio.com/Agenda/set2010_agenda_65_coimbra_link.html
http://www.cidade-coimbra.com/Ultimas/LIVRO-50-anos-do-CAPC-Uma-faceta-das-Artes-Plaacutesticas-em-Coimbra-Ministeacuterio-da-Cult.html
http://webcache.googleusercontent.com/search?hl=pt-PT&start=40&q=cache:aEmZwx4PyxIJ:http://pufmagazine.blogspot.com/2010_09_01_archive.html+%2250+anos+do+capc%22&ct=clnk
https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=5a9e429c5b&view=att&th=12f7c7c23d6a748e&attid=0.1&disp=inline&realattid=f_gmru3pts1&zw

http://www.biblartepac.gulbenkian.pt/ipac20/ipac.jsp?session=135654JS67M42.2902789&profile=ba&source=~!fcgbga&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!223950~!6&ri=1&aspect=basic_search&menu=search&ipp=20&spp=20&staffonly=&term=Coimbra.+C%C3%ADrculo+de+Artes+Pl%C3%A1sticas&index=SUBJECT&uindex=&aspect=basic_search&menu=search&ri=1#focus

Programa televisivo CÂMARA CLARA (28 de Novembro de 2010):
http://camaraclara.rtp.pt/#/arquivo/194

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ROTA DA VIDA (romance), de Fátima Nascimento


Mariana ainda se lembrava daquele trajecto. Punha-se no destino num instantinho. Desde que ficara desempregada, toda a condução era feita evitando, a todo o custo, o gasto desnecessário de combustível.
Voltou a concentrar-se na condução, com a ajuda da música calma da sua estação de rádio favorita, que os miúdos contestavam mas à qual, durante as viagens, se rendiam deliciados.
O resto da viagem decorreu sem percalços. Saíram da auto-estrada, rumando à nacional que os levaria ao terminal onde apanhariam o ferry, que os transportaria até à outra margem fluvial. Os seus olhos demoraram-se na contemplação daquela larga superfície de água agitada, que espelhava o cinzento carregado do céu e era fustigada pela forte chuva.
Mariana observou, pelo retrovisor, a traseira da carrinha. Estava cheia de caixotes que transportavam os objectos pessoais, livros, dvd e não só, que iriam decorar a nova casa.
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Uma vida de insucesso.
A decisão corajosa.
A vida na rota do desconhecido.
Para Mariana e os filhos, a mudança era uma necessidade para ultrapassar uma vida infeliz. O que nunca imaginaram foi a surpresa que a própria vida lhes reservava como recompensa para a sua coragem…
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AUTORA:
A autora escolheu os dois nomes do meio, o próprio e o apelido, para assinar os textos resultantes das suas viagens pelo mundo da escrita – Fátima Nascimento –, mas o seu nome completo é Maria de Fátima do Nascimento Dias.
Nasceu em Lisboa, em plena época carnavalesca, no dia 13 de Fevereiro de 1964 e viveu, até aos dois anos de idade, em Moscavide. Nessa altura, foi viver para uma pequena vila do interior do País, onde passou grande parte da sua infância, adolescência e juventude. Quando entrou na faculdade, o seu pai decidiu-se pela compra de um andar no Entroncamento, cidade onde vive, até agora!
Começou por frequentar o curso de Arqueologia da Universidade do Porto e, pouco depois, foi para Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Modernas, na variante de Estudos Portugueses e Franceses. É professora de Português e de Francês, há mais de vinte anos…
Fez uma pós-graduação em Ciências Documentais, outra em Ensino do Português como Língua Estrangeira e ainda outra em Comunicação e Expressão.
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Em Maio de 2008, viu editada a sua primeira obra – "Contornos" (prosa); em Dezembro do mesmo ano, surgiu a obra poética "O Espelho da Vida". Um ano depois, mais concretamente, em Maio de 2009, saiu "Contornos 2" (prosa). E, recentemente, em Abril de 2010, apareceu o livro duplo "A Curva do Destino" / "O Sonho".
Agora, é a vez do romance "Rota da Vida", sob a chancela da editora Mar da Palavra.
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CAPA: Imagem fotográfica da autoria de Maria Alexandra Dias Martins (modelo fotográfico: Maria Inês Dias Martins)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

"Cento e cinquenta anos de matrimónio", de Teresa Sousa Fernandes

Os homens escasseavam para o baile, mas todos dançaram, com par ou sem ele, até à exaustão. A festa que eu sempre imaginei, embora tardia, diferente, mas mesmo assim animada, tudo por amor… Até filmagens para a posteridade!
De rastos, rumámos aos quartos, tão cansados que ninguém teve curiosidade para espiar os noivos, nem os próprios se espiaram.
Felizes, mal tiveram tempo de se abraçar no leito que estava cuidado com pétalas de flores, muitas pétalas.
Foi um sono profundo até de madrugada.
Cento e cinquenta anos de matrimónio.
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AUTORA:
Maria Teresa Matos Pereira Sousa Fernandes – É assistente graduada de Obstetrícia nos Hospitais da Universidade de Coimbra (Maternidade Dr. Daniel de Matos). Nasceu em Viseu, cidade onde concluiu os estudos até ingressar no curso de Medicina na Universidade de Coimbra.
Em Outubro de 1986, obteve o Prémio Revelação (Ficção) da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM) com o seu primeiro livro "A outra face da urgência... ou... casos reais de uma maternidade". Em 1991, publicou a obra "O trágico da comédia... ou... o cómico da tragédia" e, em Setembro de 2000, o seu terceiro livro "Mulheres e Mulheres, L.das".
Em Dezembro de 2003 e em Novembro de 2005, a autora publica, já sob a chancela da Mar da Palavra, as obras "A Dolores e o taxista ou... a Joana e os homens" e "Poesia… ou talvez não".
Em Março de 2007, com o livro – "Homens… ou racionais poligâmicos" –, a autora prossegue a sua linha narrativa, de forma simples e directa, a partir de situações da vida real que identifica, numa entrega apaixonada, dando vida a uma espécie de "fix-up", servindo-se de um conjunto de pequenas histórias que funcionam independentemente mas que se interligam para contar uma história maior.
Nove meses depois (Dezembro de 2007), nasceu a colectânea poética "Nem título… nem índice".
Agora, é a vez do livro "Cento e cinquenta anos de matrimónio".
Estas publicações tiveram e têm os lucros dirigidos a instituições carenciadas da cidade de Coimbra.
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FICHA TÉCNICA:
Livro: Cento e cinquenta anos de matrimónio
Autor: Teresa Sousa Fernandes
Capa: Reprodução de pintura de Ana Rosmaninho
Ilustração interior: Reprodução de quadros da pintora Maria Celeste Bértolo Ivo.
Editora: Mar da Palavra - Edições, Lda.
PVP: 10,60 €
N.º de páginas: 48
Formato: 13,0 x 19,0 cm
ISBN: 972-8910-47-1 (EAN: 978-972-8910-47-1)

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Registo de notícias e outras referências:

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

"Promoções, silêncios e desvirtuações na TV - A informação ao serviço da estação", de Dinis Manuel Alves

Televisão

Nas televisões portuguesas pratica-se um jornalismo de guerra sem que seja preciso arriscar repórteres no campo de batalha. A guerra é suja e trava-se entre as estações de televisão. Promovem-se os produtos da casa, com os telejornais servindo de outdoors para alavancar audiências e desmoralizar o inimigo da frequência ao lado. É publicidade travestida de notícia, com a vantagem de não contar para as quotas. O cidadão-telespectador perde, mas perde muito mais com outras práticas, muito mais condenáveis também. Há silêncios comprometedores, verdadeiros apagões noticiosos, e há desvirtuações graves merecendo lugar de destaque no pelourinho das falhas deontológicas. Dinis Manuel Alves passou à lupa centenas de telejornais das TV’s portuguesas, dando conta, neste livro, de autênticas campanhas de manipulação informativa. “A informação ao serviço da estação” talvez se devesse chamar “Como eles nos enganam”. Este é o primeiro de quatro livros integrados no projecto de investigação da tese de doutoramento defendida pelo autor na Universidade de Coimbra em Abril de 2005.

Edição: Mar da Palavra
Apoio: Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS)
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O AUTOR:
Dinis Manuel Alves nasceu no Lobito, Angola, em 1958. É doutorado em Ciências da Comunicação (2005), licenciado em Jornalismo (1999) e em Direito (1981), pela Universidade de Coimbra.
Director do Curso de 1.º Ciclo (Licenciatura) em Comunicação Social do Instituto Superior Miguel Torga. Foi jornalista da TSF, Expresso, Grande Reportagem, TVI, Tal & Qual e Jornal de Coimbra. Desempenhou ainda as funções de repórter fotográfico. Autor de várias exposições de fotografia e de sites na Web, acessíveis através de www.mediatico.com.pt Deputado à Assembleia da República (PS), apresentou em parceria com Jaime Ramos (PSD) o primeiro projecto de criação de rádios locais em Portugal (1983). Este é o quinto livro de sua autoria.
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CAPA: Ilustração de Luís Miguel Pato
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Vídeos sobre o lançamento do livro A informação ao serviço da estação:
http://www.youtube.com/watch?v=neM4bicQ0XI
http://www.youtube.com/watch?v=EDmvcKMSigI
http://www.youtube.com/watch?v=jflGm7tK6Z0
http://www.youtube.com/watch?v=lyPDCq48y7M
http://www.youtube.com/watch?v=6REiedLEuyM
http://www.youtube.com/watch?v=lcmKA_13G9E
http://www.youtube.com/watch?v=1h4E64jEsxk
http://www.youtube.com/watch?v=d7GoHQtmdnM
http://www.youtube.com/watch?v=8oiFnaAq7lM
http://www.youtube.com/watch?v=HgYPn4i9YHg
http://www.youtube.com/watch?v=wwbhe7qptJE

Registo de notícias e outras referências:
http://webcache.googleusercontent.com/search?hl=pt-PT&q=cache:zxYRvZJo9KwJ:http://www.mediatico.com.pt/sartigo/imprimir.php?x=211+%22editado+pela+Mar+da+Palavra%22&ct=clnk
http://www.fnac.pt/A-Informacao-ao-Servico-da-Estacao-Varios/a58689?PID=5&Mn=-1&Ra=-1&To=0&Nu=1&Fr=8
http://www.portal.ecclesia.pt/pub/14/noticia.asp?jornalid=14&noticiaid=76323

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Terceiro Mundo em notícias - Em directo do Inferno", de Dinis Manuel Alves


Drama, orangotangos, guerra, futebol, chimpanzés, fome, crocodilos, futebol, elefantes, miséria, macacos, inundações, corvos, futebol, serpentes, secas, tigres, golpes de Estado, camarões, futebol, gatos, execuções, ratos, terramotos, tubarões, assassinatos, cães, futebol, hipopótamos, vulcões, atentados, violações, doenças…
Estes são os ingredientes com que os editores dos telejornais portugueses confeccionam o Terceiro Mundo servido dia após dia aos telespectadores.
Dinis Manuel Alves, investigador universitário e ex-jornalista, analisou as notícias de África, da Ásia, da América Central e do Sul, difundidas em 3.800 telejornais da RTP1, RTP2, SIC e TVI.
Uma autêntica descida aos infernos, as televisões lusas dando do Outro – de centenas de milhões de Outros que vivem nos 96 países estudados – imagens quase sempre
manchadas de sangue. Quando este se esvai, recorre-se ao exótico e ao bizarro.
Entretidos a dar notícias do Outro quando lá fora, sentimos calafrios ao sabermos de notícias do Outro, quando cá dentro.
Um dia, acordando de sono profundo contabilizando sonhos vários com pateras, hordas de deserdados arribando à costa rica, descobrimos que o Outro está entre nós.
Tantas vezes pintado com as cores garridas da Internacional da Bizarria, natural se torna a dificuldade em descascar-lhe a pele prenhe de preconceitos e estereótipos com que o cravejámos, por interpostas notícias da televisão.
Em Directo do Inferno” interessa a jornalistas, estudantes, aos cidadãos-telespectadores em geral. Instrumento útil de educação para os media, educação para a cidadania, um grito de alerta contra os indutores xenófobos resultantes da irresponsabilidade de agendar. Porque o Terceiro Mundo não é, apenas, um gigantesco jardim zoológico catódico.

Edição: Mar da Palavra
Apoio:
Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS)
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O AUTOR:
Dinis Manuel Alves nasceu no Lobito, Angola, em 1958. É doutorado em Ciências da Comunicação (2005), licenciado em Jornalismo (1999) e em Direito (1981), pela Universidade de Coimbra. Director do Curso de 1.º Ciclo (Licenciatura) em Comunicação Social do Instituto Superior Miguel Torga. Foi jornalista da TSF, Expresso, Grande Reportagem, TVI, Tal & Qual e Jornal de Coimbra. Desempenhou ainda as funções de repórter fotográfico. Autor de várias exposições de fotografia e de sites na Web, acessíveis através de www.mediatico.com.pt Deputado à Assembleia da República (PS), apresentou em parceria com Jaime Ramos (PSD) o primeiro projecto de criação de rádios locais em Portugal (1983). Este é o sexto livro de sua autoria.
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"O fio das harpas", poesia de Fernando Miguel Bernardes

Este livro é, no fundamental, o resultado de uma recolha de antigos poemas, alguns mantidos inéditos por motivos vários, não de menos peso a acção da censura imposta antes de Abril de 1974; outros, poucos, conseguiram ao tempo sair à luz do dia devido a alguma distracção dos censores ante a persistência de inteligentes e compreensivos directores de jornais, revistas literárias e outras publicações. Dois ou três aqui incluídos foram recuperados recentemente, entre vasta documentação e textos avulsos, nos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo (obrigado, JM), manuscritos dessa época “confiscados” (entre aspas, que destes actos não havia autos) em buscas e apreensões diversas. Já em 1989, saiu o livro ReColagem, que albergava, entre outros, uma pequena colecção de títulos do presente volume. A estes foram acrescidos vários então não seleccionados, ou porque não encontrados, e uns poucos mais recentes. De qualquer dos modos, as datas que ostentam os localizam no tempo.Alguns dos poemas aqui incluídos, contemporâneos do movimento musical que integrava o que ficou tradicionalmente conhecido como novas baladas, ou canto de intervenção, foram musicados, declamados e cantados (em diversos casos com gravações em discos) por artistas como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, Daniel, José Jorge Letria, José Niza, José Carlos Ary dos Santos e Samuel.
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FERNANDO MIGUEL BERNARDES
um Poeta vivo antes e depois de Abril
Na forma de intervenção pessoal de entender a literatura como a atitude de quem se serviu das palavras para denunciar e combater o poder injusto, porque desde os tempos da juventude não soube estar na vida indiferente ou alheado do que se passava em seu redor, Fernando Miguel Bernardes deseja com este livro recuperar os muitos poemas que ficaram nas gavetas ou não passaram aos olhares da Censura em tempo de outras clandestinidades e aqui aparecem datados de 1951 a 1999 e muitos são ainda cantados nas vozes de José Afonso ou de Adriano Correia de Oliveira:

No cimo da cana verde
voava a esperança e pousou…

No fio das harpas que se espalha pelos seus poemas, no que de mais dizível e visível percorre esta “arte poética” já revelada em livros como O Grilo e o seu Violão, Tudo Gira em Toda a Parte, ou ReColagem, Fernando Miguel Bernardes é uma voz que continua a afirmar-se na coerência dos valores que sempre defendeu e, sem dúvida, nos faz recuar às mais fundas raízes da nossa tradição lírica num tom poético melodioso e cantante de quem adoptou como divisa o que inscreve nestes versos:

Se poeta sou
Sei a quem o devo:
Ao povo a quem dou
Os versos que escrevo.

E assim o sentido poético de Fernando Miguel Bernardes uma vez mais se afirma em O Fio das Harpas como a voz singular e pessoal de um poeta de antes e depois de Abril ter chegado até nós ainda na memória de outros rios e lugares e na força da sua resistência e intervenção política.

Serafim Ferreira
Abril, 2009
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O AUTOR:
Fernando Miguel Bernardes nasceu em Gândara dos Olivais, Leiria. Frequentou as Universidades de Coimbra e Clássica de Lisboa.Como engenheiro geógrafo, e bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, fez uma pós-graduação em Cálculo Científico.
Docente do ensino superior, foi também técnico superior de Sistemas Informáticos, e director de departamento na Função Pública, na área da Cultura.
Co-fundador da Organização dos Trabalhadores Científicos, é sócio activo de instituições científicas e culturais como a Sociedade de Geografia de Lisboa, com incidência na secção de Física Matemática e Cartografia, ou a Associação Portuguesa de Escritores, de cuja Direcção é membro efectivo.
Integra e coordena habitualmente júris de prémios literários de âmbito nacional e internacional.Antes do 25 de Abril, assumindo na prática posições coerentes com a sua ideologia, foi várias vezes preso, julgado e condenado, tendo cumprido as sucessivas penas em cadeias políticas de Coimbra, Porto, Lisboa e Caxias. Mais tarde, foi-lhe reconhecido, pela Assembleia da República, o “mérito excepcional da contribuição dada à defesa da Liberdade e da Democracia”.
Como seguimento da publicação dos seus livros para a infância e juventude, vem visitando escolas do Ensino Básico por todo o País, para, com as crianças, os pais e os professores, ler e comentar e dramatizar alguns dos seus textos, previamente explorados nas respectivas turmas.
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APRESENTAÇÃO DA OBRA POÉTICA "O fio das harpas", pelo Prof. Doutor José d´Encarnação, no Palácio Galveias (Biblioteca Municipal Central de Lisboa), em 27 de Maio de 2009:

Resisto a passar as páginas, antes de me consciencializar do que vou ler.
O Fio das Harpas.
Harpas contém ressonância antiga, límpida, a desdobrar-se em ondas sonoras pelo espaço. Não um espaço qualquer! Harpa requer recolhimento, em pequena sala aconchegada, em casebre de pedra nua perdido na encosta num aninhar de lareira, sombra vasta de árvore a acolher rebanho em hora de acarro – pois seja: que o tilintar da guizalhada não se compadece com o vibrar das suas cordas…
Fio – com fio se faz um tecido para aquecer mágoas e confortar rudezas; com fio se cortam maldades, se talham esconjuros… Por um fio se passa, se vive, se morre, se grita – que ele também são fios as nossas cordas vocais.
O Fio das Harpas promete, pois, sossego, sim, a maviosa envolvência; mas também o gume que não hesite em cortar!
Vamos ver!
São quase 200 páginas de caminho. Deixar-nos-emos embalar!Olá!... A caminhada promete – que por ali andou o lápis azul, a confiscação compulsiva. E vozes do nosso actual – e eterno! – descontentamento. Baladas. O Zeca, o Zé Jorge, o Adriano… Estamos, pois, em boa companhia! Recorda-se a velha casa e os anciãos que a encheram. Os companheiros de viagem – idos ou ainda presentes, perdidos nunca!
E cá está a árvore! As folhas são os fios das harpas que resistem, a cantar, mesmo que com vinagre insistam em lhes regar as raízes. Que elas sabem morrer de pé! E sempre haverá flores, mesmo que o chão seja sombrio! Sempre – porque nós, porque o poeta o quer!...
«Fico contente se versos faço», se para isso ainda tenho liberdade, pois, no mar, «eu vejo clamores pela paz». No mar, nos guindastes de aço, nas chaminés fumegantes, nos bancos das escolas… Canto a terra – não pelo bem que ela tenha, mas pelo que eu para ela sonho; canto o povo:

Se poeta sou
Sei a quem o devo

– estes são, seguramente, dois dos versos mais significativos de Fernando Bernardes, que acrescenta:

Ao povo a quem dou
Os versos que escrevo

Da sua vida rude
Colhi a poesia
Tentei quanto pude
Dar-lhe melodia

Assume-se o poeta como um arauto, um elo de ligação. Não está sozinho, não, porque o que escreve é dele e das gentes com quem lida e luta, das terras em que se situa e, livre, quer criar raízes. Há, pois, este diálogo sempre! Não se perde em filosofias, em rodriguinhos de estilo, não. Pão pão queijo queijo – mas sempre de uma forma esbelta e, se possível, cantada, ritmada, prenhe de melopeia...
Que se aprenda, que se baile, que se trauteie num ápice – porque apetece, qual rio que brinca por entre as pedras, pássaro que saltita de ramo em ramo, onda que desmaia na areia mas quer deixar rasto…
E todo o Universo é convocado para a sinfonia, num conluio amoroso que não é só o da pessoa amada, porque, aqui, amada é a mulher (sim), no lirismo a que não há poeta português que, algum dia, consiga escapar, mas são as gentes, os irmãos…

Apeia-se o rei e o trono
põe o pé ao pé do meu
tu comigo somos dois
quem ficou só já perdeu.

Se estou ao pé de ti
foge-me o tempo entre os dedos…
Se longe alongam-se os dias
como em prisão, nos segredos.

Esta noite choveu muito,
de manhã fui ver o mar
Esta noite amei-te tanto
Sereno fiquei – de te amar…

E, por falar em lirismo, sentir-se-ão bastas vezes os ecos das cantigas de amigo e de amor d’outrora e de sempre, que o poeta é trovador mesmo e sonha em ir de porta em porta, de corte em corte, de arraial em arraial, a dizer de sua justiça – «quero a paz do tempo conquistado» –, a colher cravos onde outrem teimou em semear abrolhos:

Amarga-me a boca
Do travo da vida
– minha voz tão solta
Onde foi perdida?

Menino de escola
Alegre e ridente
– onde foi perdida
Minha voz contente?

Ai flores, ai flores do verde pino
Se sabedes novas do meu amigo
Ai Deus i o é?
Ai flores ai flores do verde prado
SE sabedes novas do meu amado
Ai Deus i o é?

Uma delícia este ritmo de embalar:

vi-te vi-te verde
na pedra a cismar…

vermelho vermelho sangue…

No Inverno bato o queixo
– qualquer dia, qualquer dia!...
No Inverno aperto o cinto
– qualquer dia, qualquer dia!...

Irmão camponês, acredita: qualquer dia, qualquer dia. E esse dia virá! «Que também na lama do Nilo vicejam as flores de lótus»… Que «um Homem mesmo longe mete medo».
Ecos do nosso folclore, em que até a cana verde, algo de comezinho no nosso dia-a-dia actual – quem há aí que veja uma cana verde, que oiça o sussurrar do vento pelo canavial, que saiba, até, onde há canaviais?!... – até a cana verde é ponto de referência. Nela pousou a esperança, apesar do vento, ela aguentou-se lá. Por pouco tempo, parece, porque… pelo restolho se perdeu…
E a mulher dos farrapos mexia e remexia no caixote. Tirou meio pão duro, tirou pente velho, tirou uma flor.
Mirou-a, mirou-a e… sussurrou: «Bom dia!» – porque, nós queremos e proclamamos: «Hoje não há cifrões mas uma flor!»
E relemos a história do Fio de Água – tem Alentejo fronteiras, terras largas vista grande… Alguém hoje se admira que Fio de Água por lá ande?»
E ele há também por i poemas a partir de mote, quase à moda de além-Tejo:

Papão negro ave torva
Muito bonda o desatino
Vai-te embora em má hora!
Deixa dormir o menino…
Um soninho descansado.


Pronto, já li. Já saboreei. A longos haustos. Num comboio cheio de ir e vir Cascais – Cais do Sodré – Cascais. E continuei no autocarro e assentei-me no banco do meu jardim, que, junto às brancas orquídeas, aos antúrios bem vermelhos, com o Maio ao colo, ronronando embora, tinha de acabá-lo já. Sem tardança, que apetecia ler, ler… até final.
Acabei e apetece-me agora voltar atrás, a outras páginas que anotei para releitura serena.
Que linda a história do buraquinho onde o menino depositou pedras de sal, um pirilampo, suor e esperança, antes de adormecer. De manhã, nada nascera. A avó enganara-o na esperança e ele perguntou: mas não há aí uns senhores que põem sal, pirilampos.... e não se preocupam nem com o suor nem com a esperança e… a coisa resulta?… Como é, avó?
Essa flor não nasceu, menino. Nem outras.
«Renascer uma rosa, amigo Urbano, quando não há Primavera há tanto ano!...»
E sabes porquê? Porque sob as frondosas faias se treinam cavalos, homens, cães-polícias, enquanto Pedro, na sua boa fé, vai construindo prédios… E quando soar a palavra pão, virão tiros, pegadas, baba – confusão!
Porque… «Há o que diz que sim e diz que não / conforme a meia cara com que fala» e o importante senhor «viu escadas subiu escadas / ficou ao nível das gruas / e ao nível dos cifrões / Não ao nível das pessoas», embora alicie: «Come o milho, passarinho, vem cá abaixo à minha mão»; mas… «o passarinho tem asas: antes morto que no chão!»
Vem o título do livro de um poema, breve como o são quase todos, de que me prendeu, de modo especial, a 1.ª quadra, numa invocação às «doces aves» que – com esse fio das harpas – vão tecendo o tempo… São as andorinhas da capa, em revoada no azulejo, sedentas de insectos, em algazarra, não são, Fernando? Primavera após Primavera… Este, um poema de 1980, onde, se calhar, carecia haver em cima, ao jeito de José Gomes Ferreira, uma breve frase, em itálico, a contar do motivo da inspiração e da frase, porque, de seguida, há estranhas perguntas à mãe: sobre esse mesmo tempo, sobre açucenas por regar, sobre penas que se revivem. Este tempo que voa… tem doçuras, tem flores imaculadas, tem penas de doer…
E quase nos apetece ficar no rochedo, à beira-mar, ouvindo o piar das aves, o marulhar das ondas… e as açucenas por regar…
Poeta, que queres tu? Que o tempo não voe, que as flores nunca murchem, que as penas desapareçam? Não, poeta! Estás a querer o impossível, ainda que amor de mãe tudo suplante e saiba inventar melopeias e te ofereça os perfumes que inebriam as penas!...

Disse amor e fez o gesto
Disse amor e deu a mão

Este é um daqueles momentos a eternizar, Fernando! E que bonito que é!

Disse amor e pensou homem
disse homem pensou irmão.

Nisto nos levam a palma os poetas, quando, com palavras simples, são do tamanho do mundo!
Termina-se na «construção por vir». Diria eu, a construção que se faz, que se quer fazer, que urge fazer! Para que, na realidade, haja no topo as flores e, espraiando a vista por zimbórios e terraços, de uma vez por todas, dali se veja luz, muita luz e nunca, nunca, a terrível mordaça que silencia, que impõe negras vendas nos olhos, que castiga o grito e ameaça a revolta!
Que, afinal, Amigos, é de fraternidade a mensagem, fraternidade em construção, uma construção difícil, sim, mas tremendamente consoladora:

Pedra sobre pedra
a mão
o muro abraça!

Abracemo-lo!
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FICHA TÉCNICA:
Livro: O fio das harpas
Autor: Fernando Miguel Bernardes
Capa: Arranjo fotográfico de João Nuno (com base em imagem de “Aves de Portugal”, de Raul Serra Guedes e Luís Costa)
Editora: Mar da Palavra - Edições, Lda.
PVP:16,15 €
N.º de páginas: 160
Formato: 14,8 x 21,0 cm
ISBN: 972-8910-39-6 (EAN: 978-972-8910-39-6)

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Registo de notícias e outras referências:
http://www.e-cultura.pt/AgendaCulturalDisplay.aspx?ID=22668&print=1
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:DVxAE0Eo1x4J:www.cm-loures.pt/fonewsdetail.asp%3FiAno%3D2010%26iMes%3D03%26iSearch%3DPesquisar%26iTexto%3D%26id%3D2346%26stage%3D2+%22O+fio+das+harpas%22&cd=11&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pthttp://nasfaldasdaserra.blogspot.com/2009/05/fernando-miguel-bernardes-lanca-o-fio.html
http://www.cm-loures.pt/Agenda_mar10_DPoesia.asp
http://www.avante.pt/pt/1856/assembleiadarepublica/29548/?tpl=395
http://www.livapolo.pt/livro/detalhe/fio-das-harpas-o/76116
http://www.avante.pt/pt/2187/argumentos/137573/
https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/87403?locale=pt&fbclid=IwAR22zgFhtoPQ0x1Tp_v_C0A1Ll6FOnBhG4kxigmlN5FGYgnKYy0z0GlSroU

"Marginalidades e alguns poemas de amor", de Joaquim Manuel Pinto Serra (com fotografia de Maria das Dores Borges de Sousa)


Com esta sua décima primeira obra publicada, Joaquim Manuel Pinto Serra regressa às origens da sua escrita e da marca poética, desta vez assumindo um tom coloquial, ao jeito de quem conversa com os leitores. E mesmo tratando-se de uma poesia intimista, a linguagem literária do escritor manifesta, de forma peculiar, um elevado valor expressivo e harmonia musical, sendo, ao mesmo tempo, de fácil compreensão e de agradável leitura. Isto deve-se, sem dúvida, à paciência, à persistência e também ao engenho com que o poeta trabalha a palavra.
Como é conhecido, na linguagem, cada substantivo, adjectivo, advérbio ou forma verbal tem dois significados: o pessoal (que é único, pois pertence à pessoa que usa a palavra) e o significado comum (sendo, por isso, partilhado com as outras pessoas).
Nesta conformidade, o poeta Joaquim Manuel Pinto Serra sabe cativar o outro – ou seja, o leitor – porque, não obstante a estilística (com as suas figuras de sintaxe, de pensamento e as suas imagens literárias), preserva as quatro qualidades fundamentais da linguagem: a clareza, a correcção, a pureza e a harmonia.
Assim, a obra “Marginalidades e alguns poemas de amor” garante uma intenção estética, mas também coloca em jogo os recursos de que o escritor se serve para expressar o que lhe vai na alma e no pensamento, além das suas reacções emotivas perante a vida e o próprio sentido da vida, naturalmente polissémica e cheia de surpresas, como quem desfolha um livro de poesia. A sociedade e a linguagem são, indiscutivelmente, os primeiros produtos da cultura, sendo esta a verdadeira extensão de cada um de nós, enquanto homens e mulheres que agem, fazem e sabem. E o escritor Joaquim Manuel Pinto Serra, que tem experimentado os mais diversos géneros literários, incluindo a escrita para um público juvenil, arroga-se como um co-responsável cultural. Daí a sua ansiedade e a sua perplexidade de cada vez que publica um livro, que é o suporte material do saber e da imortalidade, da utopia e da loucura, do disfarce e da aparência, do sonho e da ilusão, da solidão e da intranquilidade e também do segredo e da ausência – temas que dão significado às seis partes que organizam a obra “Marginalidades e alguns poemas de amor”
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PALAVRAS DE APRESENTAÇÃO:
O livro Marginalidades e alguns poemas de amor, de Joaquim Manuel Pinto Serra, é constituído por seis conjuntos de sete poemas cada um – conjuntos esses que apresentam títulos em dísticos começados com a preposição de, à maneira dos antigos autores clássicos, além de terem as segundas linhas ou versos mais longos: e.g. “do saber / e da imortalidade”, “da utopia / e da loucura”, “do sonho / e da ilusão”, “da solidão / e da intranquilidade”.
Trata-se de um livro que vive da nostalgia de um amor que é ausência e que a memória revive e desfia – memória que tanto relevo tinha entre os antigos Gregos, a ponto de considerarem ter sido da união de Mnemósine (a Memória) com Zeus, o próprio pai dos homens e dos deuses, que nasceram as Musas, ou seja, a poesia. E a sublinhar essa sensação de perda e de vazio, na colectânea, são frequentes termos como memória, solidão, ausência, espera, saudade. Repare-se neste dístico do poema da página 18: cobrem-nos de sabedoria estas paredes vaziase nelas existem fantasmas de solidão e de espantoou nestes versos-estrofe, um a concluir o poema 3 (pág. 19) e o outro como penúltima estrofe da composição 4 (pág. 20), respectivamente: “e desassossegos de longas esperas” e “um olhar ausente”. Ou pode ser “e o segredo intransponível de uma ruga” ou “um oásis a morar em nós / na dor oculta” (pág. 22). Aliás – o que não deixa de ser significativo –, solidão e ausência fazem parte do título das secções 5 “da solidão / e da intranquilidade”) e 6 (“do segredo / e da ausência”) do livro. Pode ser bom exemplo dessa ausência o poema da página 20 que alude à folha em branco em que se escreve, onde as palavras “são dicionários de espuma e de saber”. Apesar disso, nessa escrita “mudam-se emoções” e os afectos, um mundo em movimento que é mentira, “um olhar ausente / uma dor infinda”. Por sistema, os poemas começam por estrofes de dois ou mais versos (três ou até quatro) e terminam quase sempre por estrofes de um único verso, também quase sempre curto, de uma ou duas palavras apenas. Apetece chamar-lhe conclusão sincopada, como soluço de quem se sente cansado. Pode ser um bom exemplo a primeira composição do livro (pág. 17), de seis estrofes, que se inicia com três estrofes de três versos, passa por uma de dois e apresenta apenas um em cada nas duas finais.Muito raros são os poemas que terminam por verso extenso. E curioso se torna verificar que tal acontece com o último da colectânea, em que impera a memória da ausência e conclui com o verso “esperando em tons de azul o teu regresso”, verso longo que aparenta derradeiro esforço de esperança, qual náufrago que tenta última braçada. Mais uma ou duas observações sobre aspectos formais do livro – que, no entanto, podem ter relação com o ritmo interior do autor. Por exemplo, é curioso – e talvez até significativo – que os poemas, com frequência, aparecem constituídos por sete estrofes. Há mesmo uma secção, a quarta, com o título “do sonho / e da ilusão”, em que os poemas ímpares são formados por sete estrofes e os pares por seis. Trata-se de um ritmo heptástico que é próprio do autor – aliás, integrado no filão a que Trindade Coelho chamou “O Senhor Sete”. Também poderíamos apelidar de hebdomadário, porque tem muito a ver com o suceder semanal do tempo, embora Joaquim Manuel Pinto Serra me tenha confessado que não procurara deliberadamente esse número de poemas e de estrofes.
Se o livro "Marginalidades e alguns poemas de amor" se impõe por certas características formais, deixa ainda mais a sensação geral de transitoriedade, de fragilidade, de precariedade. Tudo flui e passa. E tal nos aparece em poemas, como o 2 da secção 1 (pág. 18), uma composição bem conseguida, cuja conclusão pela palavra vento, em estrofe isolada, é feliz e deixa a mensagem em suspenso, como que a pairar. Ou ainda mais no poema 3 da secção que tem por título “do disfarce / e da aparência” (pág. 35), em que “somos barcos que se movem ao sabor de um rio / onde naufragam”, em que cada um está de passagem a procurar “onde o mar acaba e a lágrima corre”, e uma lágrima que está “apenas em viagem / para uma outra margem”.
Essa fragilidade está evidente na última composição da primeira secção (pág. 23), em um conseguido poema em que as coisas ditas, boas e agradáveis, são trazidas pelo tempo, voláteis. Nele paira a sensação de fragilidade, de algo efémero, com o final feliz de descanso extasiado na eternidade “a viver a magia imaculada / de um momento”.

José Ribeiro Ferreira
Coimbra, Páscoa de 2009
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FICHA TÉCNICA:
Livro: Marginalidades e alguns poemas de amor (apresentação de José Ribeiro Ferreira)
Autor: Joaquim Manuel Pinto Serra
Fotografia (capa e interior): Maria das Dores Borges de Sousa
Editora: Mar da Palavra - Edições, Lda.
Colecção: Poemar (N.º 5)
PVP:12,72 €
N.º de páginas: 74
Formato: 13,0 x 19,0 cm
ISBN: 972-8910-38-9 (EAN: 978-972-8910-38-9)
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Registo de notícias e outras referências:
www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=99944
appoetas.blogs.sapo.pt/14032.html