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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Um quase diário de um quase nómada", de Duarte Klut (poesia) e António Alves (desenhos), com prefácio de Mário Silva


"Um quase diário de um quase nómada", da autoria de Duarte Klut, com desenhos do pintor António Alves, tal como o título sugere, dá alento à intenção de partilhar uma cosmovisão intimista e pessoal do autor, no decurso de certos períodos da sua vida, tendo em conta o modo como foram sentidos e vividos, de acordo com os seus estados de alma. Trata-se do quarto volume da colecção “Poemar” da editora Mar da Palavra.
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APRECIAÇÃO CRÍTICA:

A Poesia só a faz quem vive profundamente, quem contempla o mundo com a Alma. Assim, o “poema subsiste como um grito”, materializa as crenças, as dúvidas, os anseios e sonhos como uma fórmula mágica e sublime que permanece no “outro”. Isso fá-lo Duarte Klut no livro “Um quase diário de um quase nómada”.
Nesta obra, entre muitos escritos inéditos do Autor, resulta plenamente demonstrado que este “nómada”, observador permanente da realidade envolvente e do real pulsar da vida, “com um saber de experiência feito”, usa com mestria a harmonia das palavras, para despertar o sentimento do Belo e do Ser.
A isso não ficou indiferente António Alves, que inspirado pela lírica humanista do poeta, consegue materializar através do seu traço espontâneo e vigoroso, e no dinamismo das composições, a verdadeira essência poética do Autor. Simbiose perfeita entre as duas Artes! Este livro converte-se, deste modo, numa obra única, animada por um sopro espiritual com existência concreta que mergulha profundamente na Alma humana, não só na sua grandeza, miséria, pobreza espiritual, estreiteza de espírito, mas também no amor quase redentor.

Mário Silva
(advogado, pintor e músico)

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