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Manuel Alegre – Foto retirada de mundopessoa.blogs.sapo.pt
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Em tua trança eu me enredava mas não era
o trigo e o sol: era uma cor de
Renascença
o oiro de Botticelli e a
Primavera
em Coimbra que de súbito era
Florença.
Ou se calhar era Paris de França
Simone Signoret em risco de ser
presa
a Resistência a boina a tua
trança
alguém cantava em Casablanca a
Marselhesa.
Por tua trança tudo se
transfigurava
eu via-te chegar e não te via
via Varsóvia a arder e perguntava
por que razão Coimbra não ardia.
In «Coimbra nunca vista» (poesia),
de Manuel Alegre, Publicações Dom Quixote, L.da, Lisboa, 1995 (1.ª
edição).
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