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Imagem retirada de http://www.adcraviadal.pt/
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O Painel Intergovernamental sobre as
Alterações Climáticas (PIAC) determinou que precisamos de manter entre 450 e
550 partes por milhão (ppm) de CO2e (equivalente de dióxido de carbono - uma medida utilizada para comparar emissões de vários gases com efeito de estufa) na atmosfera para “evitar uma
interferência antropogénica perigosa no nosso sistema climático”. Temos actualmente
uma concentração atmosférica de 430 ppm e estamos a libertar sete mil milhões
de toneladas de CO2 por ano através da queima de combustíveis
fósseis. Isto significa que estamos a aumentar a concentração global em seis
ppm por ano simplesmente pela utilização de combustíveis fósseis, não incluindo
os outros, mais potentes, GEE. O consenso científico é que o clima se irá
alterar acentuadamente se atingirmos o dobro das concentrações anteriores à
Revolução Industrial, alcançando 560 ppm; e estima-se que o nosso nível actual
de emissões duplique dentro dos próximos 50 anos. No global, para haver uma
estabilização na amplitude desejada será necessário que as emissões anuais se
reduzam mais de 80 por cento abaixo dos níveis actuais. Esta é uma descoberta
importante, pois a meta desejada determina a severidade dos sistemas de controlo
considerados necessários para a atingirmos.
In «Alterações Climáticas – Qual é a sua estratégia?», de
Andrew J. Hoffman e John G. Woody (tradução de Marta Pereira da Silva e revisão
de Vera César), colecção «Conceitos Actuais» (n.º 9), Actual Editora
(Conjuntura Actual Editora, S.A.), Lisboa, Janeiro de 2010.
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