Imagem
encontrada em https://livingurbanism.wordpress.com
|
Numa
estratégia adequada para gerir bem o tempo é fundamental perceber a importância
da relação entre o espaço e o tempo. Tem muito mais importância de que parece,
porque quando não há espaço muitas vezes também não há tempo.
É
bem difícil para quem não tem um mínimo de espaço conseguir ter tempo. E hoje
isso agravou-se: por um lado, vive-se o paradigma dominante do indivíduo acima
de tudo, por outro lado, demos cabo do privado ou do espaço privado, que é uma
coisa importante para se poder perceber o que é o “seu” tempo, porque cada
pessoa tem o seu tempo e ritmo próprio.
O
famoso open-space no mundo do
trabalho é algo a que me oponho e que me incomoda bastante. Até os duches das
escolas são em open-space! Está na
moda, ninguém põe isso em questão, mas é uma boa maneira de dar cabo do tempo.
É um supercontrolo, mais ou menos estilo Big
Brother, em que as pessoas não sabem nem podem gerir o seu tempo, porque
são continuamente controladas umas pelas outras. Poupou-se no espaço e deu-se
cabo do tempo de cada um, feriu-se a relação de cada um consigo mesmo.
Mudou
o paradigma e nós perdemos a atenção ao privado. E o privado não se opõe à
comunidade, opõe-se ao comunitarismo e a estas formas de controlo; opõe-se a
tudo aquilo que nos despersonaliza, porque nós precisamos de um espaço privado
para sermos gente e termos um tempo de qualidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário