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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Postal para a editora Maria do Rosário Pedreira (por Júlio Roldão)

https://www.sinalaberto.pt/1970-2/

Cara editora Maria do Rosário Pedreira,
Uma vez no Porto, na apresentação de um livro de Mário Cláudio, perguntei-lhe se o papel de um editor de um escritor é idêntico ao de um editor de uma secção de um jornal relativamente aos jornalistas que com ele trabalhem. 
Julgo que me identifiquei como um jornalista que já tinha sido editor de algumas secções do Jornal de Notícias mas não terei dito que um dos meus sonhos era, como ainda é, ser escritor, concluindo algumas narrativas ficcionadas, quase autobiográficas, que vivem há décadas na minha cabeça.
Tampouco confessei o sonho de poder ser editado, como escritor, pela Maria do Rosário Pedreira, cuja poesia admiro. Mesmo sem saber, muito bem, como é que um editor orienta um escritor. Sei que José Cardoso Pires ofereceu como prenda de casamento a Nelson de Matos (que o editou na Moraes e na Dom Quixote) toda a documentação que tinha recolhido para escrever o Alexandra Alpha, o que prova o bom relacionamento que pode estabelecer-se entre um escritor e o seu editor.
Zeferino Coelho, que foi editor de José Saramago, disse no ano passado na Alemanha, quando homenageado na Feira do Livro de Leipzig, que tinha a melhor profissão do mundo, mas também deixou  dúvidas sobre a importância do papel dos editores dizendo mesmo, cito, temer um pouco que eles, quando alvo de homenagens, pudessem ocupar o lugar que, por direito, caberá aos autores.
Se é certo que um editor pode deixar escapar uma obra prima da literatura, como muitos editores costumam academicamente admitir, também é certo que muitos escritores nunca seriam reconhecidos como bons escritores se não tivessem o apoio de bons editores.
Eu vou mais longe. Um candidato a pequeno médio escritor, como eu gostaria de ser, beneficiaria muito se pudesse contar com o apoio de uma editora como a Maria do Rosário Pedreira é. Ou como julgo que a Maria do Rosário Pedreira será. Razão mais do que suficiente para lhe enviar este postal.
Com admiração,
Júlio Roldão

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Como se pode estar seguro de que os leitores vão ler o que os escritores vão comunicar?


O sociólogo alemão Niklas Luhmann 
(https://abdet.com.br/site/niklas-luhmann/)
«[…] Como se pode estar seguro de que os leitores vão ler o que os escritores vão comunicar? E por acaso isto continua a ter importância?
Enquanto na comunicação oral falar e escutar e, portanto, também comunicar e compreender ou não compreender, reúnem-se no mesmo lapso de tempo, a comunicação escrita tem que contar com distâncias espaciais, temporais e também pessoais muito maiores. Escritor e leitor não têm que se conhecer mutuamente; nem sequer é necessário que se possam identificar um com o outro. Paralelamente, e até aparecer a imprensa, a questão da autoria não teve demasiada relevância e só quando surgiu a imprensa começou a considerar-se desejável a identificação do autor, porque só a partir deste momento pareceu importante ao escritor que se venerasse o seu texto como fruto de seu esforço pessoal. Assim, a partir deste momento, o leitor pode conhecer o nome do autor, mas não o inverso. A comunicação tem lugar dentro dum círculo de receptores, temporal, espacial e pessoal, indeterminado. A partir de agora falar-se-á do público (leitor) ou da opinião pública. Se isto pode continuar a ser considerado comunicação (e só a partir de agora pensamos também na comunicação escrita ao usar este termo) será só porque a unidade de um acto de comunicação pode identificar-se com o sentido da comunicação, mas já não se pode identificar com a proximidade temporal, espacial ou pessoal, nem com um acontecimento singular. A invariabilidade do sentido, assegurada textualmente, garante a unidade dos acontecimentos elementares que compõem o sistema comunicativo. E aqui nasce também portanto um novo limite da comunicação que pode servir como base de uma nova evolução não sabemos com consequências.» (cf. Luhmann, 2006: 140-141)

LUHMANN, Niklas (2006). A Improbabilidade da Comunicação (4.ª ed.). (A. Carvalho, Trad.) Lisboa: Vega, Limitada.

domingo, 7 de junho de 2020

UMA PÉROLA DO SAUDOSO LUIS SEPÚLVEDA

httpcasamericalatina.pt20130522luis-sepulveda-na-feira-do-livro-de-lisboa

Observações sobre a intelectualidade
[1]

O meu amigo Miguel Rojo, além de ser um tipo estupendo na casa de quem se come o melhor cordeiro de Espanha, é um escritor dotado de um insuperável talento para surpreender a intelectualidade. Certa vez, coube-lhe assistir a um ciclo de conferências em que um grupo de escritores que preferiam definir-se a si mesmos como intelectuais esmiuçava os fortes e belos motivos que a todos tinham conduzido à literatura, para o bem e para o mal, embora eles preferissem dizer «à intelectualidade». Todos sem excepção falavam das formidáveis bibliotecas das suas casas paternas e narravam as suas aventuras de leitores precoces que, antes de irem para a escola, já possuíam um conhecimento bastante profundo dos clássicos – Cervantes, Shakespeare, Molière – a quem chamavam companheiros de infância ou «amigotes».
O meu amigo Miguel, que teve uma infância mais ou menos normal numa aldeia asturiana, a tomar banhos de rio, a atirar pedras ao campanário da igreja, a caçar alguma lagartixa ou a olhar para debaixo das saias das raparigas que atravessavam uma velha ponte de pedra, ouviu-os em rigoroso silêncio, e quando lhe tocou a vez de contar como, quando e porque tinha chegado à literatura, suspirou, lançou-lhes um olhar surpreendido, enrugou a testa, num exercício facial e muscular que os intelectuais presentes interpretaram como o início de uma viagem às raízes do conhecimento.
– Como todos sabem, nasci e cresci numa aldeia – começou por dizer –, um sítio de bucólica paz marcado por alvoradas muito frias e tardinhas assinaladas pelas vacas que, pacientes, se retiravam do campo. A casa era partilhada pelos meus pais, os meus irmãos, os meus avós, alguns parentes inimigos de dormir com intempérie, e oito vacas. As pessoas ocupavam o piso superior da casa tipicamente asturiana, e as vacas, a parte de baixo, numa divisão aceite por todos como algo natural.
»Mal nos fechávamos em casa, mãos diligentes acendiam um candeeiro a petróleo e, em seguida, cada um se retirava para o canto preferido para se dedicar à leitura. O meu avô era fanático de Ovídio, a minha avó, pelo contrário, manifestava um amor desmesurado pela obra de Hölderlin, Novalis e outros românticos alemães, o meu pai costuma blasfemar porque depois de ler todos os autores do Século de Ouro considerava desprovidos de interesse os autores modernistas, a minha mãe, afrancesada, opinava que Flaubert era quem estava mais perto da perfeição literária, e os meus parentes, mais dados à literatura picaresca, liam Rinconete y Cortadillo[2], O Lazarilho de Tormes, provocando breves altercações quando levantavam a voz desnecessariamente. Os meus irmãos, de seis, sete e oito anos, respectivamente, obstinados, liam os autores do nouveau roman; Nathalie Sarraute, Michel Butor e Alain Roble-Grillet passavam pelas suas mãos ávidas e ainda besuntadas com os restos da tortilha que tinham jantado, e as vacas eram decididamente admiradoras de Rilke. Assim o davam a entender com os seus mugidos aprovadores quando as ordenhávamos.
»Assim transcorriam as horas nocturnas, fora de casa chovia, nevava, uivavam os lobos, e, lá dentro, a família entregava-se ao prazer da leitura num silêncio que muitos vizinhos interpretavam como suspeito. À alba, cada um guardava os seus livros num móvel fechado, alguém perguntava como seria ter camas, e a família entregava-se aos trabalhos do campo, toda, excepto o meu pai, que, calcorreando alegremente os oito quilómetros até ao quartelzinho da Guarda Civil, ia cumprir a rotina repressora do franquismo e da Igreja católica.
»No pequeno quartel, além do meu pai, havia outros três guardas civis vestidos rigorosamente de cinzento, com os tricórnios reluzentes. Cumprimentavam-se, emborcavam um bom trago de Anis del Mono, e, seguidamente, dirigiam-se para o canto da armaria. Aí, no meio de espingardas e pistolas, encontravam-se ordenados por ordem alfabética os livros dos autores que mais os apaixonavam, quase todos eles existencialistas.
»Às vezes, um deles saía do quartel e regressava com um prisioneiro acusado de roubar uma vaca e, de imediato, outro guarda civil, feroz leitor de Kierkegaard, pregava-lhe duas bofetadas ao mesmo tempo que o repreendia por não compreender que ele se pudesse sentir atraído por uma vaca e considera-la única, embora para a vaca ele não passasse de um homem entre milhares, carente de individualidade. Em seguida, outro guarda civil dava outro tabefe ao prisioneiro e explicava-lhe que, de acordo com a correcta interpretação do Dasein de Heidegger, não devia ter permitido que o prendessem, pois a sua culpa existiu apenas no momento em que roubou a vaca, não antes nem depois. O encarregado de lhe dar a terceira bofetada era um guarda civil andaluz, fanático de Camus, que, chamando-o «gémeo de Meursault», quase o convencia de que aquela e todas as bofetadas, na realidade, não lhe doíam porque estavam dirigidas à sua cara mesmo antes de ele existir, e, portanto, nascera com aquela dor. O meu pai, pelo contrário, devoto de Sartre, aplicava-lhe um par de pontapés e depois soltava-o, explicando aos outros que se era certo que havia uma marca bem nítida numa perna da vaca, a individualizar o proprietário, também o era que os homens interpretam os signos à sua maneira.
»Geralmente, terminavam os dias de serviço a discutir acaloradamente os limites do finito e do infinito na obra de Hegel. Então, bebiam outro trago de Anis del Mono, penduravam os tricórnios e davam o dia por concluído.
O meu amigo Miguel Rojo concluiu a sua intervenção em meio de um denso silencia da intelectualidade.
– A tua aldeia deve ser a Atenas das Astúrias – disse um.
– O que quer dizer que o conhecimento rupestre existe – ponderou outro.
E o meu amigo Miguel Rojo retirou-se a pensar como é fácil fazer felizes os intelectuais.



[1] Retirado do livro «Histórias daqui e dali», de Luis Sepúlveda (com tradução de Henrique Tavares e Castro), Porto Editora, Novembro de 2010 (1.a edição).
[2] Personagens cervantinos que dão o nome a uma das Novelas Exemplares, como informa o tradutor Henrique Tavares e Castro.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Com a aproximação do Dia Mundial da Criança, que se celebra todos os anos a 1 de Junho, ofereça livros aos seus filhos ou netos e também às crianças habituadas a leituras tão agradáveis quanto as que propomos a preços muito apetecíveis

Neste período de desconfinamento e ainda de algum isolamento social (embora a campanha promocional seja válida até ao fim do Verão de 2020), a editora Mar da Palavra disponibiliza a totalidade do seu catálogo a preços convidativos, atendendo ao desconto imediato de 50%, e a uma leitura mais cómoda, já que nos propomos a entregar os livros adquiridos na própria residência dos leitores de Coimbra ou através dos Correios, cujas despesas de envio serão suportadas pela editora, em compras superiores a 10 euros. Os livros deverão ser solicitados através do endereço electrónico mardapalavra@gmail.com ou recorrendo ao telemóvel 963472348.


«As flores também sonham», de Celeste de Almeida Gonçalves, com ilustração de Sandra Serra

ISBN: 9789728910778
Edição ou reimpressão: 10-2017
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 240 x 270 x 8 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 40
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros 6-8 anos – Literatura
Preço nas livrarias: 12,72€ (Preço promocional6,36€, já com o IVA incluído)

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«Chegou a Primavera!», de Fernando Miguel Bernardes, com ilustração de João Nuno

ISBN: 9789728910679
Edição ou reimpressão: 10-2014
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 159 x 229 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 40
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Infantis e Juvenis – Poemas e Rimas
Preço nas livrarias: 6,36€ (Preço promocional3,18€, já com o IVA incluído)

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 «O periquito rebelde», de Fernando Miguel Bernardes, com ilustração de Inês Massano

ISBN: 9789728910594
Edição ou reimpressão: 02-2012
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 210 x 147 x 2 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 16
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Infantis e Juvenis – Contos Fábulas e Narrativas
Preço nas livrarias: 7,57€ (Preço promocional3,79€, já com o IVA incluído

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«O piano adormecido», de António Vilhena (texto) e Andreia Travassos (ilustração)

ISBN: 9789728910211
Edição ou reimpressão: 01-2009
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 145 x 208 x 10 mm
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Infantis e Juvenis – Livros Infantis de Ficção
Preço nas livrarias: 7,57€ (Preço promocional3,79€, já com o IVA incluído)

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«Nós, os gatos», de Jessi Leal-Antunes (texto e ilustração) 

ISBN: 9789728910006
Edição ou reimpressão: 07-2008
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 150 x 208 x 13 mm
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Infantis e Juvenis –Livros Infantis de Ficção
Preço nas livrarias: 6,56€ (Preço promocional3,28€, já com o IVA incluído)

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«João Bola de Sabão», de Marta André (ilustrado por Sofia Machado dos Santos) 

ISBN: 9789729896644
Edição ou reimpressão: 04-2004
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 207 x 146 x 3 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 16
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros Infantis de Ficção
Preço nas livrarias: 5,30€ (Preço promocional2,65€, já com o IVA incluído)

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Hoje é um dia muito especial, comemora-se a Marinha, São Bernardino, a Metrologia, o Mar e as Abelhas, e também porque lhe sugerimos leituras a preços apetecíveis…


Neste período transitório de (des)confinamento e ainda de algum isolamento social (embora a campanha promocional seja válida até ao fim do Verão de 2020), a editora Mar da Palavra disponibiliza a totalidade do seu catálogo a preços convidativos, atendendo ao desconto imediato de 50%, e a uma leitura mais cómoda, já que nos propomos a entregar os livros adquiridos na própria residência dos leitores de Coimbra ou através dos Correios, cujas despesas de envio serão suportadas pela editora, em compras superiores a 10 euros. Os livros deverão ser solicitados através do endereço electrónico mardapalavra@gmail.com ou recorrendo ao telemóvel 963472348.


«Um olhar sobre os Nobel da Paz», de Paula Cristina Marques (com apresentação de D. Tomaz Silva Nunes, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã)
                                     
ISBN: 9789728910327
Edição ou reimpressão: 03-2008
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 206 x 145 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Tipo de Produto: Livro
Colecção: Ensino e Formação
Classificação Temática: Ensino e Educação – Pais e Educadores / Literatura – Outras Formas Literárias / Religião e Moral – Catolicismo
Preço nas livrarias: 10,60€ (Preço promocional: 5,30€, já com o IVA incluído)

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«Frátria», de Carlos Carranca (com fotografias de Miguel Afonso Carranca)
                                     
ISBN: 9789728910334
Edição ou reimpressão: 04-2008
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 148 x 207 x 8 mm
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Literatura – Poesia
Preço nas livrarias: 16,25€ (Preço promocional: 8,13€, já com o IVA incluído)




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«Um rapaz na Arabândia», de Paulo de Miranda (pseudónimo literário do  obstetra  Santos Paulo), com prefácio de Teresa Sousa Fernandes
                                     
ISBN: 9789728910341
Edição ou reimpressão: 04-2008
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 207 x 146 x 15 mm
Páginas: 128
Tipo de Produto: Livro
Colecção: Boa Onda
Classificação Temática: Infantis e Juvenis – Literatura Juvenil
Preço nas livrarias: 15,15€ (Preço promocional: 7,58€, já com o IVA incluído)

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Hoje, Dia do Técnico e Auxiliar de Enfermagem (no Brasil), propomos leituras «saudáveis»...


Neste período transitório de (des)confinamento e ainda de algum isolamento social (embora a campanha promocional seja válida até ao fim do Verão de 2020), a editora Mar da Palavra disponibiliza a totalidade do seu catálogo a preços convidativos, atendendo ao desconto imediato de 50%, e a uma leitura mais cómoda, já que nos propomos a entregar os livros adquiridos na própria residência dos leitores de Coimbra ou através dos Correios, cujas despesas de envio serão suportadas pela editora, em compras superiores a 10 euros. Os livros deverão ser solicitados através do endereço electrónico mardapalavra@gmail.com ou recorrendo ao telemóvel 963472348.


«Desafios em tempos de crise - Relatório de Primavera 2010», do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS)
                                 
ISBN: 9789728910501
Edição ou reimpressão: 09-2010
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 170 x 240 x 7 mm
Páginas: 156
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática:  Saúde – Política da Saúde / Administração Pública / Política em Geral
Preço nas livrarias: 21,20€ (Preço promocional: 10,60€, já com o IVA incluído)

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«Da depressão da crise para a governação prospectiva da saúde – Relatório de Primavera 2011», do Observatório  dos Sistemas de Saúde (OPSS)
                                     
ISBN: 9789728910563
Edição ou reimpressão: 07-2011
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 171 x 241 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 128
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Política da Saúde – Administração Pública
Preço nas livrarias: 21,20€ (Preço promocional: 10,60€, já com o IVA incluído)

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«Medição de Resultados em Cuidados Paliativos –Aspectos essenciais», da autoria de Claudia Bausewein, Barbara A. Daveson, Hamid Benalia, Steffen T. Simon e Irene J. Higginson (Versão portuguesa: Pedro Lopes Ferreira e Bárbara Antunes), com prefácio de Lukas Radbruch (na qualidade de presidente da Associação Europeia para os Cuidados Paliativos – EAPC)
                                     
ISBN: 9789728910570
Edição ou reimpressão: 2011
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Tipo de Produto: Brochura
Encadernação: Capa mole
Classificação Temática: Saúde
Preço nas livrarias: 10,60€ (Preço promocional: 5,30€, já com o IVA incluído)

«Unamuno», texto de Manuel Hermínio Monteiro

Foto encontrada em https://www.cnc.pt/o-sentimento-tragico-da-vida-de-miguel-de-unamuno/

Vinha periodicamente no fumarento comboio de Salamanca, que desde Barca d’Alva corria com o Douro até ao Porto. Deveria ter Guerra Junqueiro a esperá-lo e as férias em Espinho davam-lhe a companhia de Manuel Laranjeira. Visitava, em Coimbra, Eugénio de Castro. Em Amarante hospedava-o o solar de Pascoaes. Prendeu-se de amores por Portugal. António Ferro escrevia surpreendido, em 1933, no prefácio do livro da República Espanhola que a parte portuguesa da biblioteca de Unamuno era uma «capelinha», o «recanto mais enternecido» onde se podia ver «Oliveira Martins, Junqueiro, Herculano, Eugénio de Castro, Pascoaes, Eça de Queirós, Fialho, Camilo, Raul Proença, alguns livros de gente nova, um livro de Mário de Sá-Carneiro com uma dedicatória exaltada, quatrocentos ou quinhentos volumes onde correm o pensamento e a alma portuguesa».
A sua larga correspondência com Pascoaes foi publicada sob o título Epistolário Ibérico. Mas a Casa-Museu de Unamuno, em Salamanca, alberga ainda inúmera correspondência de intelectuais portugueses, inclusive algumas pouco conhecidas cartas de Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.
Nenhum estrangeiro como D. Miguel de Unamuno tocou tão afectuosa e compreensivelmente o «feitio» português. O relato da Camélia do Bom Jesus de Braga, o texto do Sabugal, retirado dum jornal da Guarda, o retrato de Buíça, o drama de Laranjeira, ou a análise de As Sombras de Pascoaes, ou as almas do purgatório ou a D. Constância de Eugénio de Castro são alguns dos nódulos de uma pessoalíssima leitura de Portugal em crise, atacado pelo desencanto e mesmo pelo suicídio na transição do século XIX. Juntam-se aos outros retratos da Espanha, escritos por um autêntico peregrino de paisagens físicas e espirituais. Fica-nos a imagem diversa e apaixonada da Ibéria atravessada pelo passo decidido de Unamuno.
Por tudo isto, custa-nos compreender os quase 80 anos que retardaram a tradução e a edição portuguesa de Por Terras de Portugal e da Espanha, uma obra a vários títulos fundamental.

In A Phala, n.o16, Outubro 1989 (texto recolhido na obra «Urzes», 
editada por Manuela Correia, com a chancela de O Independente, em 2004)

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Hoje, Dia Internacional dos Museus, sugerimos a leitura de livros a preços convidativos


Neste período transitório de (des)confinamento (embora a campanha promocional seja válida até ao fim do Verão de 2020), a editora Mar da Palavra disponibiliza a totalidade do seu catálogo a preços convidativos, atendendo ao desconto imediato de 50%, e a uma leitura mais cómoda, já que nos propomos a entregar os livros adquiridos na própria residência dos leitores de Coimbra ou através dos Correios, cujas despesas de envio serão suportadas pela editora, em compras superiores a 10 euros. Os livros deverão ser solicitados através do endereço electrónico mardapalavra@gmail.com ou recorrendo ao telemóvel 963472348.



«A sociedade», de Ricardo Kalash (teatro) 

ISBN: 9789728910440
Edição ou reimpressão: 01-2010
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 128 x 190 x 3 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 80
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Arte – Artes de Palco / Literatura – Teatro (Obra)
Preço nas livrarias: 10,60€ (Preço promocional: 5,30€, já com o IVA incluído)



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«Cento e cinquenta anos de matrimónio», de Teresa Sousa Fernandes 

ISBN: 9789728910471
Edição ou reimpressão: 05-2010
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 127 x 190 x 3 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 48
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Literatura – Ficção (Outros)
Preço nas livrarias: 10,60€ (Preço promocional: 5,30€, já com o IVA incluído)



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«50 anos do CAPC – Uma faceta das Artes Plásticas de Coimbra», de Hilda Moreira de Frias

ISBN: 9789728910495
Edição ou reimpressão: 09-2010
Editor: Mar da Palavra
Idioma: Português
Dimensões: 166 x 239 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 190
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Arte – História da Arte
Preço nas livrarias: 25,24€ (Preço promocional: 12,62€, já com o IVA incluído)