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Coimbra, 26 de Maio [Junho] – O desespero de ser poeta é não poder fazer nada pelos outros, tendo na mão a chave do inefável. Quem o é verdadeiramente e em grande, limita-se a deixar um mundo de purezas ideais ao lado de um outro de impurezas concretas. O poema de Camões nem salvou a Pátria nem morigerou a crueldade dos netos dos conquistadores. É uma epopeia para se aprender a dividir orações.
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