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Embora em
A poesia é uma máquina
de produzir entusiasmo
é preciso que os versos sejam
verdadeiros
na vida dos poetas
como a tua erguida
sobre os anos futuros
quando o próprio bronze das estátuas
se cobrir
do verdete do esquecimento
e das ortigas
entre as ruínas de um passado morto
e as pequenas plaquetas dos
sentimentos pobres
dos lírios delírios
das doidas metáforas sem sentido
louvadas pela crítica
só tenham o arqueológico encanto
de um cabelo de Ofélia…
In «Sentido e
forma da poesia neo-realista», ensaio de Eduardo Lourenço, Gradiva, Lisboa,
Outubro de 2007 (1.ª edição).
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