Lina
Céu no Palácio Galveias, em Lisboa
(Foto
encontrada em http://mariaivonevairinho_na_app.blogs.sapo.pt/)
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É preciso plantar, gerar,
escrever
Uma árvore, um filho, uma
edição
De quê, de autor? Anónima e sozinha,
Como uma flor humilde,
pobrezinha
E que ninguém vai querer
cheirar, colher,
Por não ter a chancela ou o
brasão?
Um livro, para quê? Se a
forma pura
E mais genuína de arte e de
loucura
É o acto de escrever e de
criar
Em si, por si, sem vício de
outra gente
A procurar sentir o que não
sente,
A adulterar o caule e a
semente
A pôr e a dispor ritmo
diferente
A corromper a obra em vez de
a amar…
In «Terra Rasgada», de Lina Céu (com prefácio da autora), Papiro Editora,
Porto, Abril de 2008 (1.ª edição).
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