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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

AO VAGAR D’ÁGUAS DO TEJO, poema de Arquimedes da Silva Santos


Arquimedes da Silva Santos - foto encontrada em http://voarforadaasa.blogspot.pt/

Ao Garcez da Silva
Ao Emílio Lopes

Ao vagar d’águas do Tejo
Ó minha bateira corre
Mãos calejadas nos remos
Ligeira que nem gaivota.

Águas do rio
Levai mágoas e ais
Ide repetir baixinho
Nessa carreira pró mar
Canções avieiras
Que o balanço de bateiras
Cantam vozes magoadas
De quem tem levado a vida
Ora abaixo ora arriba
Ao vagar d’águas do Tejo.

Ao vagar d’águas do Tejo
Minha bateira desliza
Ó minha bateira corre

Ao vagar d’águas do Tejo
Corre corre como a brisa.

In «Cantos cativos – Poemas coligidos: 1938-58», de Arquimedes da Silva Santos, Colecção Campo da Poesia (n.º 51), Campo das Letras, Porto, Maio de 2003 (1.ª edição).

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