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Fotografia encontrada em http://aminhaconfusao.blogspot.pt/
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A água do Mondego corre
calma
Límpida não,
apenas só serena
Sem lágrima
de Inês, sem dó, sem pena
Que o rio não
tem mais sonhos, não tem alma
Nasceu, cresceu e corre
lentamente
E nele se
junta o Dão, o Alva, o Ceira
É genuíno,
autêntico, é da Beira
E a Estrela é
serra e mãe, fonte e nascente!
Tantos poemas se
escreveram, tantos,
Tantos amores
ao pé de ti amaram
Quantas mãos
criminosas te estragaram
Agora já não há sonhos nem
prantos
Apenas água
fria, como em nós,
Um rio que
nasce e corre para a foz…
In «A raiz e o fruto –
Sessenta sonetos em dois andamentos com pausa», de Lina Céu, Papiro Editora,
Porto, Fevereiro de 2012 (1.ª edição).
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