Carlos de Oliveira
(foto encontrada em http://www.andotherstories.org) |
I
O poeta
[o
cartógrafo?]
observa
as suas
ilhas
caligráficas
cercadas
por um
mar
sem
marés,
arquipélago
a que
falta
vento,
fauna,
flora,
e o
hálito húmido
da
espuma,
II
pensando
que
talvez
alguma
ave
errante
traga
à
solidão
do
mapa,
aos
recifes desertos,
um
frémito,
um voo,
se for
possível
voar
sobre
tanta
aridez.
In «Trabalho Poético», de Carlos de Oliveira,
Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa, 1998 (3.ª edição).
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