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Foto
de Harry Martinson retirada de http://sverigesradio.se
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Centenas de gerações
tornaram nobre o cavalo árabe
ao serviço de muitos príncipes
[degenerescentes.
Por vezes também as caudas que se
agitaram
[por
esses déspotas
acabaram por lançá-los no
precipício,
enquanto o árabe que carregava o
tirano
retesava os cascos no solo e
estacava
à borda do abismo.
Assim são os cavalos e outros
animais nobres.
Por isso Goya e outros grandes
artistas
nos seus retratos de cavaleiros,
maior atenção
consagraram ao cavalo
que ao pouco importante ocasional
[cavalgador,
fosse ele um grosseirão, ou um
refinado,
um principiante da sela
ou um veterano dela.
O sonho de reunir com segurança
cavaleiro
[e cavalo
acabou por tornar-se centauro,
cavaleiro que é sua própria
montada.
Esse do cavaleiro o desejo
sonhado
de não ser nunca derrubado.
(Passad, 1945)
In
«Comboio camuflado», de Harry Martinson (com prefácio, selecção e tradução do
sueco por Silva Duarte),
Colecção Poesia Século XX (n.º4), Publicações Dom Quixote, Lisboa, Dezembro de 1974 (1.ª edição).
Colecção Poesia Século XX (n.º4), Publicações Dom Quixote, Lisboa, Dezembro de 1974 (1.ª edição).
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Retirado
de http://www.arabiantreasuregroup.com.br
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