A editora Mar da Palavra deseja – a todos os amigos, autores e
leitores (incluindo professores e alunos,
escolas, bibliotecas e bibliotecários), colaboradores
e livreiros, jornalistas e representantes de órgãos da Comunicação Social – umas BOAS FESTAS e um
novo ano que corresponda, no mínimo, às
expectativas individuais e colectivas.
NATAL
Velho Menino-Deus que me vens ver
Quando o ano passou e as dores passaram:
Sim, pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas quando as minhas dores o desejaram...
Agora, outras quimeras me tentaram
Em reinos onde tu não tens poder...
Outras mãos mentirosas me acenaram
A chamar, a mostrar e a prometer...
Vem, apesar de tudo, se queres vir.
Vem com neve nos ombros, a sorrir
A quem nunca doiraste a solidão...
Mas o brinquedo... quebra-o no caminho.
O que eu chorei por ele! Era de arminho
E batia-lhe dentro um coração...
Coimbra, 24 de Dezembro de 1942, in «Diário II» (quarta edição), de Miguel Torga
NATAL
Velho Menino-Deus que me vens ver
Quando o ano passou e as dores passaram:
Sim, pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas quando as minhas dores o desejaram...
Agora, outras quimeras me tentaram
Em reinos onde tu não tens poder...
Outras mãos mentirosas me acenaram
A chamar, a mostrar e a prometer...
Vem, apesar de tudo, se queres vir.
Vem com neve nos ombros, a sorrir
A quem nunca doiraste a solidão...
Mas o brinquedo... quebra-o no caminho.
O que eu chorei por ele! Era de arminho
E batia-lhe dentro um coração...
Coimbra, 24 de Dezembro de 1942, in «Diário II» (quarta edição), de Miguel Torga
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