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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

MEIO-DIA, poema de Sophia de Mello Breyner Andresen


Fotografia encontrada em http://www.jn.pt – Arquivo/Global Imagens

Meio-dia. Um canto da praia sem ninguém.
O sol no alto, fundo, enorme, aberto,
Tornou o céu de todo o deus deserto.
A luz cai implacável como um castigo.
Não há fantasmas nem almas,
E o mar imenso solitário e antigo,
Parece bater palmas.

In «Mar», antologia com poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen (com “Nota” de Maria Andresen de Sousa Tavares e “Posfácio” – reedição da primeira recensão feita ao primeiro livro de Sofia, «Poesia», publicado em 1944 – da autoria de Francisco de Sousa Tavares), Editorial Caminho, Lisboa, Fevereiro de 2002 (4.ª edição).

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