«Les Belles Réalités», pintura de René Magritte,1964 |
Ilhas de coral branco sobre um mar de um azul-escuro.
A sua aparência de
distinção, a sua aparência de individualidade ou a indiferença positiva que os
separa não são mais do que a projecção do mesmo fundo oceânico: a diferença
entre terra e mar não é positiva. Em toda a porção de água há um pouco de
terra, em toda a porção de terra há um pouco de água. De forma que todas as
aparências são enganadoras. Visto que fazem parte de um espectro comum. Um pé
de mesa não tem nada
de positivo, não passa de uma projecção de qualquer coisa. E nenhum de nós é um
ser, visto que psiquicamente somos contíguos daquilo que nos cerca, visto que
psiquicamente nada nos acontece que não seja a expressão das nossas relações
com tudo o que nos cerca.
In «O Despertar dos Mágicos – Introdução ao Realismo Fantástico», de Louis Pauwels e Jacques Bergier, tradução de Gina de Freitas, Livraria Bertrand, Lisboa, Março de 1980 (11.ª edição).
In «O Despertar dos Mágicos – Introdução ao Realismo Fantástico», de Louis Pauwels e Jacques Bergier, tradução de Gina de Freitas, Livraria Bertrand, Lisboa, Março de 1980 (11.ª edição).
Sem comentários:
Enviar um comentário