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retirada de momentusmomentus.blogspot.com
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Vai ao
fundo o navio,
Mas eu sou
o homem da telegrafia,
O que lança
nas asas do vazio
O adeus da
agonia…
Sei que
ninguém acode à íntima certeza
De que tudo
acabou quando naufraga
O veleiro
do sonho.
Mas honrado
poeta sinaleiro
Do destino
de quantos aqui vão,
Ponho
A correr
mundo o grito derradeiro
Da nossa
desgraçada perdição.
In «Cântico do Homem» (poesia), de Miguel Torga, edição
do autor, Coimbra, Janeiro de 1974 (4.ª edição).
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