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terça-feira, 10 de março de 2015

«Desinferno II», poema de Luísa Neto Jorge

Luísa Neto Jorge – Foto encontrada em http://www.jornaldepoesia.jor.br/

Caísse a montanha e do oiro o brilho
O meigo jardim abolisse a flor
À mãe desmoesse as carnes do filho
Por botão de vídeo se fizesse amor

O livro morresse, a obra parasse
Soasse a granizo o que era alegria
A porta do ar se calafetasse
Que eu de amor apenas ressuscitaria

In «366 Poemas que Falam de Amor», antologia organizada por Vasco Graça Moura, Quetzal Editores, Lisboa, Fevereiro de 2009 (3.ª edição).

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