A peça está na RTP-PLAY, a fechar o REPÓRTER ÁFRICA (minuto 24):
É uma empresa jornalística e editorial e tem por objecto a edição e a divulgação de publicações e suportes multimédia sobre saúde e de carácter científico, pedagógico, cultural e artístico, assim como a realização de iniciativas relacionadas com a informação e a formação no domínio da saúde, clínica, investigação médica e científica, além das vertentes cultural e artística, tendo em conta o seu interesse multidisciplinar e a sua apetência para estratégias de parceria.
quarta-feira, 30 de maio de 2018
Lançamento, em Coimbra, do livro «Rádio em Angola - Como eu a vivi», do jornalista Pereira Monteiro - noticiado na RTP ÁFRICA
A peça está na RTP-PLAY, a fechar o REPÓRTER ÁFRICA (minuto 24):
segunda-feira, 28 de maio de 2018
sexta-feira, 11 de maio de 2018
terça-feira, 8 de maio de 2018
«RÁDIO EM ANGOLA - Como eu a vivi», de Pereira Monteiro
APRESENTAÇÃO
A ANGOLA do futuro irá premiar e
reconhecer a incomensurável utilidade, provavelmente ainda no presente, deste
trabalho que reflete o talento investigacional histórico-social e também o
registo dos âmbitos regulamentar e do «modus faciendi» da RÁDIO EM ANGOLA,
entre 1937 e 1975, de DIAMANTINO PEREIRA MONTEIRO. Jornalista de referência,
personalidade de esmerado sentido ético e profissional, culto e observador
atento de finíssimo recorte, angolano de coração, português de nascimento das
terras de Viriato, PEREIRA MONTEIRO viveu parte da infância e juventude na
antiga colónia portuguesa de Angola. Naquela terra africana sonhou em fazer
rádio. A vocação foi concretizada ao assumir um estatuto profissional numa das
várias estações existentes.
A rádio em Angola, na ausência de
sistemas de televisão no período estudado e retratado, perante um reduzido
número de jornais impressos e um caudal volumoso de analfabetismo, foi o
«médium» de excelência protodemocrático, informativo e de entretenimento; foi,
por consequência, um natural aglutinador/congregador das populações
«pronto-a-servir e a escutar» jorrando adesão crescente. Subiam as audiências
(sem cientificidade na obtenção destes dados) perante o aumento, à vista
desarmada, da existência e venda de recetores de rádio e a salutar proliferação
das estações emissoras, por norma locais/regionais. As atuais rádios locais de
Portugal e as futuras congéneres de Angola podem encontrar boas sementes nos
modelos organizacionais e de gestão que, em terras angolanas, permitiram
realizar um serviço de utilidade pública que os governos da época, a nível de
Lisboa e da então Província de Angola, viam bem ou mal, consoante a ação
editorial dessas rádios e os contextos políticos regionais, nacionais e
internacionais.
A radiodifusão em Angola foi um
«boom» pelos motivos indicados que o Autor legenda e exemplifica, permitindo
criar «vanguardas» em aspetos de produção e realização que contrastavam com o
pesado, ponderado, rigoroso, austero e censurado «radiofazer» da Emissora
Nacional de Radiodifusão. Enquanto esta parecia sobrevestir «smoking» ou, pelo
menos, fato e gravata, vezes demais enunciando em registos monocórdicos, a
rádio em Angola vestia ganga e era sempre feita em traje casual ou indígena; os
microfones e os locutores eram quase omnipresentes e procuravam dar a ver o
que, muitas vezes, nunca tinha sido visto. E havia criatividade, inconformismo
e concorrência. Até os anúncios classificados e as informações necrológicas
eram fornecidas pela rádio. Mais do que um telegrama, o correio convencional,
os aerogramas específicos dos militares portugueses ou a modesta imprensa do
território, a rádio era o centro das atenções dos angolanos e dos que estiveram
naquelas terras, quer mobilizados para uma Guerra Colonial já então mal
recebida (injustificada e incompreendida, em concreto) pelos jovens portugueses
e angolanos, quer pelos que se instalaram na, agora, República Popular de
Angola, com o objetivo de conseguirem o seu ganha-pão e de contribuírem para a
prosperidade de um torrão angolano altamente prometedor e com incomparáveis
riquezas.
A RADIODIFUSÃO em ANGOLA entrou
com pezinhos de lã e transformou-se, perante a heroicidade dos que nela
trabalharam, num altíssonoro e indispensável «fenómeno de massas». A iniciativa
privada e o associativismo (e, pontualmente, a Igreja Católica com a Rádio
Ecclesia) foram os grandes impulsionadores do fenómeno, aparecendo,
posteriormente, o Estado português a criar a Emissora Oficial de Angola (atual
Rádio Nacional de Angola), já depois de lançar os tentáculos censórios às
rádios existentes.
PEREIRA MONTEIRO, neste Livro
Histórico e Memorioso, usa, como fio condutor na abertura e fecho do trabalho,
um olhar personalizado de observador-narrador para depois relatar, no papel de
historiador, a evolução da radiodifusão em Angola através de factos que bebeu –
alguns de forma pessoal, mas a maioria em detalhadas, profícuas e prolongadas
pesquisas –, os quais fazem deste livro uma antologia para compreender uma
outra «paisagem mediática» de Angola, que foi tribuna de homens livres e ajudou
a construir um território amadurecido, de Cabinda ao Cunene.
Mais: compreender a História de
Angola, durante grande parte do século XX, passa por interpretar o papel destas
rádios angolanas ao serviço das populações, sem tabus nem trejeitos coloniais
ou tutoriais. Pelo contrário: Angola deu a Portugal uma plêiade de
profissionais da Comunicação Social que se formaram em terras angolanas, sem
escolas, mas com vocação, gosto, dedicação e vontade de servir. Este livro
mostra ainda aspetos multifacetados da vivência angolana, dos equívocos do
antes e do depois da Revolução do 25 de Abril, em Lisboa, das conflitualidades
entre os movimentos de libertação e da saída desolada de Angola de muitos
portugueses e também de vários angolanos que terão imaginado outro desfecho,
por certo em convivencialidade, para a emancipação do território.
Diamantino Pereira Monteiro,
retomando nas derradeiras páginas um fluxo narrativo na primeira pessoa,
reporta a sua apressada saída do seu rádio clube – a parte reflete o todo:
deixar a amada Angola. Há uma discreta nota de dor, misto de saudade e de
esperança de que a rádio e também a História estejam sempre em movimento, «no
ar»; e de que – quem sabe? – talvez seja possível voltar, confraternizar,
conviver, recordar, historiar. Este livro é importante para os políticos, para
os economistas, para os sociólogos e estudiosos ou, ainda, para os
profissionais da Comunicação Social. É um indispensável ARQUIVO HISTÓRICO da
RADIODIFUSÃO ANGOLANA.
Sansão Coelho
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O AUTOR
Diamantino Pereira Monteiro nasceu em Viseu. Aos seis anos de idade foi
com os pais para Angola. Primeiro, em Nova Lisboa (atual Huambo) e, depois, em
Sá da Bandeira (hoje Lubango). Logo que concluiu o então Curso Complementar dos
Liceus, ingressou no Rádio Clube da Huíla como locutor-noticiarista, profissão
que teve de interromper para cumprir o serviço militar obrigatário, como
alferes miliciano, na então colónia portuguesa da Guiné (Guiné-Bissau).
Quando regressou a Angola, retomou a carreira
profissional, já como adjunto e, posteriormente, como chefe dos serviços de
Produção do Rádio Clube da Huila. A «abrupta» descolonização que se seguiu à Revolução
portuguesa obrigou-o a fugir com a família, tal como sucedeu a centenas de
milhar de angolanos e de portugueses, para o Sudoeste Africano (atual Namíbia).
Repatriado para Portugal, em Novembro de 1975,
ingressou (por concurso público) nos quadros da Radiodifusão Portuguesa (RDP),
empresa pública que sucedeu à Emissora Nacional. Chefiou os serviços de
Informação e de Programas da RDP/Centro, em Coimbra.
Como formador para a área da Radiodifusão do
CENJOR – Centro Protocolar de Formação de Jornalistas, participou na formação
de dezenas de jovens das rádios locais, aquando da legalização das chamadas «rádios
piratas». É frequentemente convidado a participar em entrevistas para livros, nos
meios radiofónicos e em televisões, especialmente sobre temas no âmbito da Radiodifusão.
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FICHA TÉCNICA
Livro: Rádio em Angola – Como
eu a vivi
Autor: (Diamantino) Pereira Monteiro
Ilustração da capa (adaptação), fotos da
contracapa e foto do autor, na badana: Diamantino
Pereira Monteiro
Coordenação editorial e revisão: Vitalino José
Santos
Paginação e edição gráfica: Nuno
Beirão, Mar da Palavra - Edições, L.da
Colecção: Comunicar-te (6)
Editora: Mar da Palavra -
Edições, L.da
PVP: 16,96 €
N.º de páginas: 168 (2 + 166)
Formato: 16,0 x 23,0 cm
ISBN: 972-8910-80-8 (EAN: 978-972-8910-80-8)
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NOTA: Por opção do autor, a presente edição adota o novo acordo ortográfico.
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Registo de notícias e outras referências:
http://campeaoprovincias.pt/noticia/coimbra-livro-revive-memorias-da-radio-em-angola
http://angolaradio.webs.com/
https://odespertar.com/2018/05/25/pereira-monteiro-lanca-livro-radio-em-angola/
http://radioregionalcentro.com/noticias/coimbra-livro-revive-memorias-da-radio-em-angola
http://www.bibliofeira.com/livro/133557710/radio-em-angola-como-eu-a-vivi/
https://www.wook.pt/livro/radio-em-angola-pereira-monteiro/22021394
https://www.bertrand.pt/livro/radio-em-angola-pereira-monteiro/22021394
https://bimbe.blogs.sapo.pt/um-livro-em-carne-viva-499888
http://campeaoprovincias.pt/noticia/coimbra-livro-revive-memorias-da-radio-em-angola
http://angolaradio.webs.com/
https://odespertar.com/2018/05/25/pereira-monteiro-lanca-livro-radio-em-angola/
http://radioregionalcentro.com/noticias/coimbra-livro-revive-memorias-da-radio-em-angola
http://www.bibliofeira.com/livro/133557710/radio-em-angola-como-eu-a-vivi/
https://www.wook.pt/livro/radio-em-angola-pereira-monteiro/22021394
https://www.bertrand.pt/livro/radio-em-angola-pereira-monteiro/22021394
https://bimbe.blogs.sapo.pt/um-livro-em-carne-viva-499888
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